Penso que as primeiras experiências de realidade aumenta a que assisti decorreram há 10 anos por um grupo de investigadores do ISCTE. Acontece que neste final de 2009 estamos a assistir à chegada dessas tecnologias ao mainstream. As imensas dificuldades que a realidade aumentada colocam foram sucessivamente superadas através de melhores câmaras, melhores processadores e naturalmente melhores ideias para a implementação da mesma. Se há 10 anos a realidade aumentada era uma coisa de capacetes à Buck Rogers e luvas cibernéticas, hoje vulgarizou-se e está nos telemóveis que tem câmaras, gps e ligações à internet capazes de nos dar experiências semelhantes.
Jeff Jarvis, no seu Buzzmachine, chama-lhe “O mundo anotado” e este poderá efectivamente ser como no futuro olharemos para o mundo. Através de um ecrã, camadas de informação são adicionadas à realidade dos nossos dias. Jarvis foca-se principalmente no potencial que este mundo anotado e auto-organizado terá ao nível dos actores noticiosos. Penso que com a proliferação destes dispositivos estaremos para além de uma oportunidade para os media locais ou para o ciberjornalismo.
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