A complexidade e a arte estão de alguma forma ligadas. Ao contrário do que parece acontecer com ciências tradicionais, os estudos de sistemas complexos parecem atrair os investigadores e artistas para um terreno comum. Talvez porque os métodos aplicados necessitem muitas vezes de uma forte componente sensorial para melhor serem compreendidos.
Três exemplos que encontrei recentemente na música, na dança e na pintura:
Música. O WolframTones faz música através da geração de automatos celulares cuja evolução permite a construção de frases musicais. O curioso desta abordagem é que efectivamente os resultados associados a instrumentos e escalas de música de diversos estilos, permite obter resultados muito interessantes.
Dança. A tentativa de perceber os padrões emergentes na dança improvisada através da extracção dos padrões de interacção entre bailarinos. Curiosamente nos encontros da Arrábida 2009 o bailarino / coreografo João Fiadeiro apresentou a sua perspectiva sobre Real Time Compositon (vídeo 80 minutos).
Pintura. Aqui há uma sinergia natural entre os estudos de sistemas complexos e a arte, seja através de procura de sistemas geradores utilizando robots. Seja olhando para a fractalidade das pinturas de Jackson Pollock (O CCB tem no museu Berardo um Pollock, que está colocado um pouco esquecido no local onde foi posto. No entanto vale bem a pena passar por lá e procurar! Ainda por cima a entrada é GRÁTIS).