Já se percebeu que neste país quem disser o que pensa se arrisca a levar com um processo em cima daquele que diz ser o nosso Primeiro Ministro, principalmente se se tratar de uma conversa dentro de um edifício público.
Também já se percebeu que a CGTP é uma central sindical cheia de dinheiro e de bons pulmões, porque segundo aquele que diz ser nosso Primeiro Ministro, eles estão em toda a parte e onde quer que ele vá eles estão e assobiam.
Agora este fim de semana ficamos a saber que afinal aquele que diz que é o nosso Primeiro Ministro voltou com a palavra atrás e afinal não é a CGTP que anda atrás dele pelo país inteiro: Pelos vistos é o jornal Público. Esse sim, o verdadeiro inimigo do bom jornalismo e o autor de uma campanha que visa denegrir a imagem daquele que diz ser o Primeiro Ministro.
Aliás o “que já não passa despercebido a ninguém” é que este senhor que diz que é Primeiro Ministro, recorre sistematicamente ao insulto e ao ataque quando é confrontado com factos que não pode escamotear.
Primeiro o Charrua, depois a CGTP, agora o Público… já para não falar de todos os deputados da assembleia da república que sem excepção foram presenteados com a digníssima forma de estar na política do senhor que diz que é Primeiro Ministro.
Mas que o senhor que diz que é Primeiro Ministro ataque o jornal Público porque não gosta do que o jornal Público diz, é muito natural e aceitável. O que não é aceitável é o senhor que diz que é Primeiro Ministro continuar a não ter vergonha da forma como faz as coisas, de dar o dito por não dito, assinar aquelas monstruosidades urbanísticas, e não ter sequer a coragem de pedir desculpa pelo que fez… e como o fez. Só isso chegaria em qualquer parte do mundo, mas aqui não… foi o Público que o obrigou a assinar aqueles projectos…
Mas o facto do senhor que diz que é Primeiro Ministro não pedir nunca desculpa pelos seus erros e mentiras é algo “que já não passa despercebido a ninguém“.