Em casa onde não há pão, todos berram e ninguém tem razão
COMPROMISSOS LEVAM-NOS O VENTO, para o CEO da AstraZeneca um contrato não é um contrato, apenas uma manifestação de intenções. Diga lá outra vez? — Eu quando faço um contrato com um banco para comprar uma casa manifesto intenção de a pagar, agora se o pago já é outra coisa e o banco fica sereninho e oferece-me bolinhos e chá. Lembremo-nos que a AstraZeneca é uma companhia Britânica (sim aquele que saiu da Europa e que enquanto esteve sempre comeu à la carte). Alguém tem dúvidas que estamos a assistir a uma forma de F*** You EU por parte dos bifes?
Questão 1, a Pfeizer anuncia nos EUA que vai aumentar a produção, entretanto por cá andamos todos a escoar os galheteiros das ampolas que nos restam? Conseguem explicar? Entretanto a única boa notícia é que a incapacidade da Pfeizer de fabricar na Europa vai ser colmatada em parte pela francesa Sanofi. Quem é que vai receber essas 125M doses primeiro? Any guesses?
Questão 2, com as taxas de vacinação verificadas na europa (e daí esta polémica com os contratos) só teremos 50% da população vacinada lá pelo Natal. Teremos? Lembram-se que Portugal não quiz comprar todas as vacinas a que tinha direito porque iam ser entregues só em Dezembro? Pois, parece mesmo que foi uma decisão acertada. Mais uma.
Que prioridades da vacinação são estas? É muito difícil alguém da DGS ir aos dados que a própria DGS publica, abrir o excel no boneco dos óbitos por grupo etário e definir as prioridades aí? Algo tipo +80anos, +70anos, +60anos, etc… e incluir também aqueles que tem que cuidar desses doentes quando eles aparecem nos hospitais assim como os desprotegidos? Bastava só isso. É preciso agora fazer disto um “Salve-se quem poder”? Bem se calhar o não comprar vacinas para Dezembro tem outras razões que desconhecemos. Será?
Questão 3, onde está a Graça Freitas?