Segundo o que dizem as estatísticas parece que 120,000 portugueses abandonaram o país no ano transato. Sou um desses 120,000 e felizmente tenho um trabalho que me permite estar com um pé lá e outro cá, sempre fazendo mais milhas de avião do que o que desejava.
O meu problema não são as soluções que cada um encontra para si, porque cada um sempre o fará por ambição ou necessidade. O meu problema é este neo-liberalismo que pretende fazer do país um modelo de analfabetismo, atraso científico e um gueto da Europa.
Veja-se o que diz a propósito desta situação o antigo reitor da universidade de Lisboa à TSF: Desperdício da geração jovem é quase criminoso. Eu diria que está na altura de remover a palavra quase e efectivamente criminalizar os actos políticos que destroem a nação, e nisto estou a incluir destruição financeira, social ou cultural. Há que criminalizar os actos de vilipendiagem permanente a que somos sujeitos, sem que haja a responsabilização criminal adequada. É preciso meter os políticos na linha, sob pena de brevemente não haver cá mais ninguém a quem se possa chamar Português.
(isto deve ser porque é quase sexta-feira)
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