Second Life: 99% de bounce rate?

99% Bounce?

99% Bounce?

A experiência social por excelência a que se propunham os criadores do Second Life é um fracasso (só não é para os Zelots e para a Presidência da República). Ao ler um artigo sobre o porquê do falhanço do Second Life (que se centrava mais na nova interface v2.0) houve um pormenor que me chamou a atenção: Só 1% dos novos utilizadores registados regressa ao Second Life. Isto é como ter uma website com um bounce rate de 99%. E este é um valor que eu achei surpreendentemente alto.

O que é então que faz alguém, que se deu ao trabalho de registar no SL, desistir tão rapidamente? Será a falta de users? Será a dificuldade dos 1500 botões e menus da interface? Será 99% do espaço estar transformado num gigantesco shopping? Será porque algo mais que a vagabundagem necessita de dinheiro verdadeiro?

Não sei… mas penso que não haverá SL durante muito mais tempo. O futuro passará por sistemas híbridos de realidade aumentada e a menos que o Second Life se converta para novas plataformas e ligações com o mundo real, não vejo muito espaço para este mundo virtual na internet da nova década.

Winter School, balanço final e novidades

Acabou a Winter School em Ciências da Complexidade deste ano, eu estou de rastos… e no último dia os computadores decidiram não colaborar. Todas as 3 demos que queria mostrar na aula falharam num ou noutro pormenor. Em todo o caso penso que a semana correu muito bem, para satisfação de todos os participantes. Agora a próxima é para o ano e entretanto há a ECCS2010 em Setembro. Os vídeos das sessões plenárias deverão estar brevemente disponíveis no portal do Assyst.

Entretanto, para colocar a cereja em cima do bolo, saiu hoje um volume da revista Social Networks inteiramente dedicada a redes dinâmicas. A não perder!

Winter School: Primeiro Dia

O primeiro dia da Winter School em Ciências da Complexidade já passou. Estou bastante satisfeito com a turma de alunos que se inscreveram este ano. Bastantes alunos de Doutoramento, quer nacionais quer estrangeiros. Atentos e curiosos. Muito bom! As sessões correram naturalmente. A sessão prática durante a tarde foi mais veloz que pensava (2h correm depressa demais), mas serviu para começar a “meter as mãos na massa” e a mexer nos problemas que afectam o dia a dia dos estudiosos de redes. A próxima sessão deverá ser sobre R, statnet e Pajek na quinta-feira. As sessões plenárias estão a ser gravadas em vídeo (HD Rules baby) e penso que posteriormente estarão disponíveis. Aguardem um pouco.

Este ano não há blog oficial da Winter School como no ano passado, mas em todo o caso foi giro verificar um fenómeno de auto-organização em torno do Google Wave. A turma começou já a utilizar o Wave para tomar notas e apontamentos de forma colectiva. Penso que no futuro este será o tipo de utilização mais interessante, embora um Wave com 20 pessoas se torne um pouco caótico por vezes (algo que a auto-organização corrigirá.)

Amanhã, terça-feira, chegam os restantes speakers e o dia vai ser marcado por sessões do James Sterbenz, do John Symons e do Gergely Palla. Um luxo!

A Matemática da Guerra…

Power Laws… Todos gostamos de Power Laws… mas o mais importante é efectivamente o que fazemos com elas… Este vídeo mostra as primeiras e aponta saídas para o problema… tudo em 7 minutos… nada mau.

METRO: Um pouco de análise de redes, por favor…

SAMPAYO_RODRIGUES_2009.pdf (page 6 of 10)

Ao ler a notícia sobre a expansão do metropolitano até à Reboleira e Aeroporto em 2011, não posso ficar admirado com duas situações lá relatadas:

Aparentemente o metropolitano estava à espera de mais utilizadores da estação do Terreiro do Paço (4 milhões contra 1 milhão verificados) e também ficou surpreendido com a linha vermelha que passou a ter um tráfego muito superior depois da ligação às estações do Saldanha e S. Sebastião.

Se soubessem um pouco de análise de redes, tinham chegado a essa mesma conclusão antes até de fazer o projecto. E se em relação ao Terreiro do Paço o falhanço possa ser ainda explicado pelas continuadas obras que persitem na superfície e que como tal não atraem turistas, no caso da linha vermelha, uma análise de closeness e de betweenness à rede mostra que a centralidade do metropolitano de Lisboa se deslocou do Marquês(Rotunda) para o eixo Saldanha – Alameda.

Se associarmos a isso o facto do metro ser agente de mudanças ao nível do espaço público talvez se perceba o porquê das casas na Almirante Reis terem subido de preço enquanto o resto da cidade está em crise.

PROJECTOS: Controlo de tempo!

timekeeping

Com o doutoramento há uma coisa que se torna fundamental: Controlar o tempo! Embora uma pessoa pense que está afundado 16h por dia em trabalho, a verdade é que há sempre coisas pontuais que são “distracções”. Seja preparar uma conferência, dar aulas, prepara manuais ou submeter projectos… tudo isto rouba algum tempo necessário para aquelas actividades que são fundamenteis para o plano de tese. E como nestas coisas convém ter uma ideia do que se vai fazendo queria perguntar-vos como é que fazem o vosso Time tracking, se é que fazem? Por favor comentem com as vossas formas? Utilizam algum software específico? Alguma agenda?

Para já basicamente utilizo uma folha de Excel onde vou colocando as tarefas efectuadas em 3 categoria (Tese, Trabalho e Outros) e onde vou mensalmente ver os acumulados de cada categoria, mas acredito que não é a forma mais eficiente. Quais as vossas sugestões?

Análise de Redes Sociais – Lista de Software

networks

A winter school do ciências da complexidade do ISCTE vai decorrer entre 11 e 15 de Janeiro. Este ano é dedicada a representações formais para a representação e análise de estruturas de redes sociais.

Já aqui fiz uma lista de software para análise de redes sociais, mas a verdade é que há sempre algo novo, algo que permite mais alguma coisa. Últimamente tenho olhado para dois softwares em particular: Um é o networkX, escrito em Python e que permite manipular programaticamente o mundo dos gráfos. O outro é o R, o pacote para tratamento estatístico de dados open source que juntamente com o algumas bibliotecas o tornam muito interessante para manipulação de redes.

E com isto tudo a lista que estava algures aqui está um pouco desactualizada pelo que é preciso adicionar algumas coisas:

R Statnet – Uma meta-biblioteca com dependências de uma variedade de outras bibliotecas do R e que torna muito fácil instalar tudo o que é preciso para trabalhar com redes no R.

GraphViz GUESS JUNG Keyplayer Krackplot Mage Multinet Netdraw Netminer Pajek SocNetV Siena Social Network Analysis UCInet Visone Network Workbench