Palm: Foleo Cancelado.

The Official Palm Blog: A Message to Palm Customers, Partners and Developers: ” I have decided to cancel the Foleo mobile companion product in its current configuration and focus all of our energies on delivering out next generation platform and the first smartphones that will bring this platform to market.”

Não escondo que tenho um fraquinho pelo que a Palm faz, nomeadamente pelos produtos não Windows Mobile. Mas a verdade é que para além de toda a simpatia que tenho para com a Palm, ultimamente esta companhia se tem transformado num conjunto de decisões falhadas, de mudanças de rumo e de saltos em frente.

A razão principal para o cancelamento do Foleo foi o de efectivamente não ser um produto que tenha cativado o mercado porque não era nem um telemóvel nem um computador portátil. Era algo no meio que nunca funcionaria bem sozinho. Percebeu-se isso desde o início, e seria preciso fazer alguma coisa no futuro para o melhorar. Claro que isto criou problemas à Palm, porque estava a desenvolver o Foleo numa plataforma diferente da do seu negócio de smartphones.

Ora a decisão de acabar com o Foleo por causa da plataforma numa companhia bem gerida nem se devia pôr. Se não tinham capacidade para desenvolver uma plataforma nova para um produto novo, não deviam ter metido nela logo no princípio. Isto é má gestão e por alguma razão se tem visto a Palm a perder utilizadores, respeito e credibilidade e dá razão a algumas das críticas e suspeitas que vinham sendo colocadas na internet sobre o futuro do Foleo e já agora da Palm…

Com muita pena minha… mas a pena não cria bons gadgets…

Férias: Rumo ao Sul

A esta hora devo estar a sobrevoar o Atlântico em direcção a Sul.

Organizar uma viagem para um país longínquo tentando planear tudo antecipadamente é completamente extenuante. Assim a melhor solução parece ser viajar leve, sem muita tralha e o que faltar compra-se lá.

Até ao dia 2 de Setembro devo estar quase incontactável, muito embora vá tentar aproximar-me de algum Cyber para ver os emails durante o passeio. Não terei muito tempo para posts, pelo que se quiserem saber o que se vai passando podem seguir o meu twitter (microblog) onde será sempre mais fácil escrever sobre as novidades desta viagem ao Brasil.

Até ao regresso,

Boas férias.

Férias: Em Viana

Não há muitas novidades nesta época de defeso. (Aliás, porque é que se chama a isto Silly Season? Já começo a ser como a Maria João e a achar que aplicar termos em Inglês a torto e a direito é uma patetice pegada). Tirando o facto de quase não haver Verão num Agosto recheado de nuvens e vento norte o defeso parece um marasmo.

Depois do entusiasmo em torno das apresentações da Apple, sabemos que antes da nova época de compras de regresso à escola não haverá grandes novidades. Assim é altura de fazer algumas leituras.

Entretanto as férias correm ao seu ritmo, com a cidade cheia de visitantes, a família toda reunida e crepes de chocolate quente, gelado de baunilha e amêndoas, ali no “Aquário” na praia do Cabedelo.

Dentro de dias devo ir para o Brasil e de lá deverá ser mais complicado acompanhar o que se passa no mundo da tecnologia, mas mesmo assim não devo perder grande coisa. Se o mundo tiver algum tremor de terra, não terá o epicentro em S. Francisco.

MarsEdit: Blogging Offline

Após algum tempo a blogar com o Ecto, decidi experimentar um outro software que também permite a edição de blogs em modo offline. Como em modo offline utilizo o NetNewsWire, decidi experimentar o MarsEdit para gerir alguns dos meus blogs durante estas férias. Como não sei quando é que vou ter acesso à internet é sempre bom ter alguns posts preparados para quando se estiver online.

A configuração dos blogs no MarsEdit foi até agora a mais fácil que encontrei. Atirei-lhe com blogs do WordPress e do Blogger e não foi preciso fazer nada de especial. O software reconheceu automaticamente as configurações e em menos de 2 minutos foi possível começar a escrever.

Como em Setembro não será a altura certa para andar a fazer experiências por causa da tese, aproveita-se o verão para testar coisas que podem entrar nas nossas rotinas de trabalho. Primeiro foi o Shiira e agora o MarsEdit.

Btuga: o Post Obrigatório

A ASAE fechou o maior tracker nacional de Bittorrent. A providência cautelar afectou também mais dois sites. Ora se em princípio eu concordo com o facto de os direitos de autor tem que ser preservados, por outro não concordo com este ataque da ASAE directamente aos trackers porque efectivamente estes não possuem material que viole os direitos de autor. A ASAE está a perseguir a tecnologia, o suporte e não os infractores. Se havia utilizadores do Btuga que colocavam ficheiros com direitos de autor nos torrents que partilhavam, deveria a ASAE ir atrás deles e não do Btuga.

O paradoxo deste tipo de acção é que um dia ainda vamos ver a ASAE a perseguir a tecnologia de base: “já que a pirataria se faz na internet, vamos meter uma providência cautelar às linhas de cobre de de cabo já que são elas a tecnologia de suporte que permite a pirataria”.

Ora, senhores da ASAE, o Bittorrent não é mau. É uma tecnologia que permite a partilha de dados de forma a que não se sobrecarreguem servidores e é utilizada por muitos para distribuir conteúdos legais, que não violam qualquer tipo de direito de autor. A sua má utilização deve ser punida, como em qualquer outra tecnologia, mas os senhores limitaram-se a perseguir o meio de transporte, não o violador.

Ainda estou para ver como é que o caso do BTuga vai ser resolvido. O autor já colocou uma declaração no site. Se efectivamente nos servidores do BTuga não houve nunca material pirateado a ASAE deveria deixar cair as queixas e apresentar um pedido de desculpas, e perseguir quem verdadeiramente partilhou ficheiro ilegais. Se o BTuga possuia material pirateado e o partilhava terá que ser julgado apenas por esse material e nunca pelos ficheiros que os utilizadores de internet partilharam.

Eleições: Em quem vais votar no domingo?

Este artigo não é o artigo típico que os leitores do Sixhat Pirate Parts costumam encontrar aqui e se não está minimamente interessado em política então peço que dispense esta leitura e volte dentro de momentos.

Não sou de Lisboa, embora viva em Lisboa desde 1992, mas continuo a votar na minha terra, Viana do Castelo. Assim, é com algum distanciamento natural que vi a campanha eleitoral para a câmara da capital. Contudo não pude deixar de pensar no assunto, afinal vivo cá.

As eleições de Lisboa surgiram do nada e de repente pareceram ser a coisa mais extraordinária do país (a seguir às gaffes do nosso PM). Mas olhando para os candidatos o que vemos?

Pelo que percebi são 12, tal como os apóstolos. Ora acontece que entre as habituais promessas, pedidos de maiorias e propostas avulsas, a meu ver, nenhum, repito NENHUM candidato parece ter perfil ou carisma para gerir esta cidade.

Assim, se tivesse que votar em Lisboa o que faria? Eis as minhas regras simples:

  1. Os partidos políticos estão pela hora da morte. Ninguém acredita neles e todos achamos serem infelizmente um mal necessário. Assim, não votaria em candidatos apoiados por partidos políticos.
  2. Entre os que não fossem apoiados pelos partidos políticos, não votaria aqueles que tivessem aparecido mais de 10 vezes na televisão nos últimos 12 meses.
  3. Se ainda restasse alguém faria um sorteio e aquele que saísse do saco preto seria o meu eleito para o meu voto. Afinal no estado em que Lisboa está não queremos um candidato sem sorte.

Este algoritmo de selecção parece-me que seria sem dúvida um exemplo da verdadeira democracia: Os partidos levavam uma lição para talvez reflectirem, os vaidosos teriam que comprar espelhos, os candidatos pequenos trariam sangue novo e talvez em conjunto as suas ideias isoladas pudessem fazer um pacote interessante para a cidade. Para além disso sabiam que o processo que os levara à câmara se poderia virar contra eles nas eleições seguintes e portanto teriam que tentar fazer um trabalho melhor que o habitual sofrível.

Por fim, o cidadão ficava na mesma, sabendo que teria que arranjar um portefólio novo de anedotas para contar. Ou seja, gerava inovação.