e a popularidade dos políticos portugueses medida na pt.wikipedia?

Depois de publicar o artigo com os dados do tráfego das páginas dos políticos nacionais na wikipedia internacional logo surgiu a questão “E será que na versão portuguesa da wikipédia acontece o mesmo?

Postas as mãos à obra, e depois de resolver uns bugs no script, cá está o resultado:

Neste caso pode-se ver que o comportamento é muito semelhante embora naturalmente todos os lideres políticos apresentem mais tráfego que no caso anterior. Mas mais interessante é também verificar o tráfego acumulado que estas páginas receberam desde o princípio de 2010. Veja-se:

Sem dúvida que aqueles que desde 2010 mais atenção receberam (até hoje 8 de Agosto) foram Pedro Passos Coelho e Paulo Portas. Nestes dois, nota-se o efeito das eleições. Curioso é mesmo o caso Pedro Passos Coelho onde se notam os saltos das pesquisas no princípio de 2010, 2011 e eleições, correspondendo à sua eleição para líder do PSD, a demissão de José Socrates em março de 2011 e as eleições de 5 de Junho de 2011. Está tudo lá, nas estatísticas…

A ideia destas análises surgiu depois de ler o excelente script do artigo Visualising Wikipedia search statistics with R.

Somos todos anónimos… ninguém conhece os políticos portugueses

Apesar de muito orgulhosos a verdade é que o resto do mundo não está muito interessado em Portugal, para além do dinheiro da Tróica, do Ronaldo, e das praias quentes e cheias do Algarve!

Estive a olhar para o tráfego de pesquisas na Wikipedia (versão internacional em inglês) para tentar encontrar padrões e surpresa, surpresa, quase ninguém é procurado. O único que escapa à regra é o novo primeiro ministro (afinal ninguém o conhecia antes), mas o efeito nota-se que já está a desaparecer. Quanto aos outros? ninguém parece realmente interessado. Paulo Portas acompanhou o movimento do Pedro Passos Coelho por inerência do cargo, mas o presidente Cavaco Silva ou o ex-primeiro ministro José Socrates quase não tem tráfego para as suas páginas de Wikipedia internacional. Já o novo líder do PS nem página na Wikipedia tem… Os lideres dos partidos mais pequenos tem tráfego tão residual que nem vale a pena inclui-los no gráfico.

Enfim. Não há grande interesse internacional pela política portuguesa e muito provavelmente muito do tráfego que ali se vê diz respeito aos nossos corpos diplomáticos a tentar saber quem é que agora manda cá no burgo ou aos burocratas de Bruxelas a tentar descobrir para quem mandar as contas da tróica.

Somos pequeninos, anónimos e felizes!

Pendulum Waves

Summer inspiration while listening to some cicadas Barbara Lusitanica chirping their tune…

Esperar ou não esperar

Há uns anos, quando o Leopard saiu, fiquei contente por esperar pelo 10.5.1, acima de tudo porque a versão inicial do Leopard tinha alguns problemas e os upgrades não pareciam pacíficos. Agora no entanto com o aproximar do Lion a minha vontade de esperar não é muito grande, pelo contrário, a minha vontade é mesmo de continuar em frente e ignorar completamente o Lion, ou qualquer outro OS X. O grande defeito que encontro no momento é mesmo a filosofia que o OS X está a adoptar de tudo funcionar como um serviço na “Cloud”. A “Cloud” é uma miragem ou então os chromebooks seriam um sucesso. Para além do mais eu não quero as minhas coisas nas cloud. Quero tudo muito bem guardado localmente e quero ter o trabalho de sincronizar os meus dados utilizando um disco externo, utilizando uma pen, cartões perfurados ou pombos correios. Não quero que mal ligue um computador este se proponha a enviar tudo o que encontra para um servidor algures no meio do nada americano e me diga posteriormente que há uma opção de “opt-out”. No tempo em que dizer mal da microsoft era moda, este tipo de atitude seria condenado com a mais destruidora das críticas. Agora… na igreja de Jobs os críticos parece que engoliram um sapo e estão todos caladinhos.

A minha opção é então qual? Quando chegar o momento, em vez de esperar, vou mudar de rumo. Começa pela letra U.

Easy splines in R, and chess ratings

When plotting data sometimes is necessary to fit data points to some high order polynomial but that usually brings a problem called the Runge’s phenomenon where the fit presents high oscillations in the edges of the interval. To solve this one usually uses splines that are much smoother and can convey greater information to the reader.

Using splines in R is very simple.

In this illustrative example I just used the live ratings of the 41 +2700 players in the world. First plotted Rating vs. Year of Birth. Then, to add the spline one just need to use the smooth.spline function in R stats package.

Chess Rating vs.Year of Birth

The code for the generation of this is:

> chess<-read.table('chessratings.txt', header=T)
> plot(chess$Born, chess$Rating, xlab='Year of Birth', 
+ ylab='Elo Rating', main='ELO>2700: Does Chess Rating depend on age?')
> lines(smooth.spline(chess$Born, chess$Rating, spar=0.5))

the interesting parameter spar is the smoothing parameter that allows you to control the shape of the curve. Experiment with it until you get ‘nice’ results.

Reflexão

Dia de reflexão… apesar de toda a desilusão, amanhã é talvez um dos dias mais difíceis de Portugal no qual não podemos deixar de participar.

Imagens pixelizadas e o regresso do tosco.

Havia uma altura em que a Web era local de imagens de baixa resolução, todas pixelizadas, onde não se distinguia uma truta de um elefante. Era uma maravilha. Estávamos em 1992 e os modems de 33.6K eram reis!

Agora, 20 anos depois… por culpa das leis de copyright assiste-se a um regresso a este passado antigo por partes dos Jornais (pelo menos por parte de alguns jornais). O Público e o Expresso online parecem saídos das galerias de horror no que toca a reproduzirem imagens nas suas páginas. O medo que alguém lhes possa roubar o boneco faz com as a imagens que publicam pareçam muitas vezes o resultado das maravilhosas Mavicas da Sony…

E com este regresso do tosco à web quem paga a conta do meu oftalmologista?