a internet nos próximos 10 anos…

já imaginaram o que será a web daqui a 10 anos? não é preciso tanto. já imaginaram o que será a experiência de utilização do computador daqui a 2 anos? e já pensaram onde é que as empresas actuais estarão? façam um exercício comigo, atendendo às cotas de mercado actuais,

[ad#ad-1]daqui a 2 anos:

  • a microsoft participará nessa experiência com o browser (Internet Explorer em 2008)
  • a apple participará nessa experiência com o melhor local de vendas à distância (iTunes em 2008)
  • o google participará nessa experiência com o melhor sistema de pesquisas (google.com em 2008)

até aqui tudo bem… mas pensem no seguinte: daqui a 2 anos o google terá o sistema de pesquisas a funcionar no browser da microsoft para eventualmente enviar as pessoas que querem gastar dinheiro para a loja da apple.

algo está mal neste cenário. por algum motivo o google anunciou que está a desenvolver um browser chamado “chrome“.

por este triângulo, browser – pesquisa – loja, vai passar o futuro da internet (corrijo, vai passar o futuro do dinheiro da internet). é perfeitamente natural por isso que todos o queiram controlar.

a estratégia da microsoft foi começar pelo browser e agora procurar o sistema de pesquisas e o de vendas. a aquisição do yahoo tinha como objectivo o primeiro mas falhou. agora o google está a tentar entrar no território da microsoft com a produção de um browser. ainda é muito cedo para perceber se terá sucesso ou não, mas no entanto vai agitar as águas dos posicionamentos estratégicos das 3 empresas, porque embora a apple tenha a o sistema de vendas não pode deixar de entrar neste triângulo sob pena de ser encurralada para fatias muito pequenas de dinheiro. aliás foi por isso mesmo que a apple tentou entrar no mercado do browser expandindo a distribuição do safari para windows (com sucesso relativo, é claro)

até agora o que se tem visto é que cada uma das empresas quando tenta sair daquilo em que é especialista não tem conseguido o sucesso que esperaria. se o “chrome” do google efectivamente crescer então a apple que se cuide porque o passo seguinte para o google será acoplar ao “chrome” o tal sistema de vendas de produtos que possa suplantar o sistema da actual da apple.

update: se o meu raciocínio estiver minimamente correcto não esperem uma versão do “chrome” para mac ou linux nos próximos tempos. pelo raciocínio acima tal não é necessário.

Ovnis, extra-terrestres e o filme X-Files

Numa altura em que se prepara o lançamento do filme “X Files: I want to believe” é impressionante a quantidade de dinheiro que se está a gastar para garantir o seu sucesso. Contratam-se ex-astronautas para dizer que há ETs, a BBC notícia que numa terreola lá da ilha viram ovnis (que afinal eram só balões com velas), até alguns cientistas se juntaram a festa dizendo que a vida microbiana pode estar a ser arrastada pelos ventos solares para a Terra. Tudo serve para falar de extra-terrestres.

Acreditam que é coincidência?

A verdade é que a dupla David Duchovny e Gillian Anderson voltam hoje às investigações na procura da verdade, seja ela qual for. Embora a série já tenha caído um pouco no esquecimento, a verdade é que pode ser um grande entretenimento de Verão.

Agora que já fiz a minha parte para promover o filme, onde é que eu assino para receber o cheque?

Salas e horários do Ficheiros Secretos: Quero Acreditar

Ponto e Vírgula a quanto obrigas

Com eu detesto saltar entre linguagens que utilizam o ponto e vírgula para terminar um statement e outras que não o utilizam. Acabo a por ponto e virgulas nas que não precisam e esqueço-me de as colocar onde são necessárias.

Cuil – Para quem está farto do Google.

cuil-search-engine.png Será que conseguia viver um dia sem o Google? Está farto de ouvir falar em PageRanks, SEO e afins?

Um novo motor de busca está a despertar o interesse da internet. Chama-se Cuil (o nome é um bocado infeliz), e diz que o seu algoritmo não se baseia em links como no caso do Google. O Cuil auto intitula-se o maior motor de busca da internet e segundo a última contagem tinha mais de 120 mil milhões de páginas indexadas.

O funcionamento é semelhante a outros motores de busca mas onde o Cuil chama logo à atenção é no aspecto. Enquanto o Google mantém o mesmo aspecto clean de quando foi lançado (ou quase), o visual do Cuil é muito mais web 2.0.

Outro dos aspectos que chama a atenção no Cuil é que nos termos de serviço, na política de privacidade o Cuil diz que não guarda registos nenhuns das pesquisas efectuadas, o que é uma política diferente do Google que ultimamente parece pouco importado com a privacidade dos utilizadores.

Experimente viver sem o Google search durante uns dias… pode ser que afinal haja internet para lá do que o Google nos diz. Se utiliza o Firefox pode adicioná-lo à lista de motores de busca o que facilita as procuras.

Mapas de Portugal para ir de férias

Foto de jasmic

1 de Agosto, dia de férias para muita gente. Altura de pegar nos mapas de Portugal que ficaram perdidos no carro no ano anterior e planear o itinerário, mapas ou GPS, conforme gostar mais. Pessoalmente para decidir para onde vou ainda assim prefiro um mapa. O GPS serve mais para localização ou orientação. O tradicional mapa é muito mais prático para o planeamento.

Se ainda não programou a suas férias, ou escapadela de Verão aqui ficam alguns mapas de Portugal para planear a aventura:

Sapo Mapashttp://mapas.sapo.pt/ – Os mapas do Sapo estão integrados com Pontos de Interesse o que ajuda a encontrar o que se pretende. Experimente procurar por exemplo “Praias, Sines” para ver uma listagem de praias da costa alentejana. O serviço de itinerários também permite definir se se pretende viajar de carro ou se se trata apenas de um passeio a pé. No entanto tem um defeito que é não permitir que se marquem os pontos de partida e chegada directamente no mapa tendo que ser introduzidos nas caixas de pesquisa. O sistema parece funcionar em associação com o NDrive pelo que os resultados são bons, mas no browser seria mais prático poder clicar directamente os pontos de partida e chegada.

Geowebhttp://www.geoweb.pt/ Este serviço poderia ser muito prático mas acaba por ser a meu ver um falhanço na era web 2.0. Primeiro começa por ter uma página onde se pede o login de utilizador, segundo recorre a um plugin da Autodesk para que o sistema funcione minimamente. Ainda para mais apresenta apenas 3 cidades georeferênciadas (Lisboa, Porto e Braga) e embora a informação disponível para cada uma delas seja boa, a navegação não é intuitiva. É a prova de que um bom software para Sistemas de Informação Geográfica não se traduz automaticamente numa boa experiência quando se tenta construir uma aplicação web.

TransPorhttp://www.transpor.pt/ – Mais um falhanço. Aliás, este é produzido pela mesma empresa do Geoweb.pt, a Gismedia. A ideia aqui era fazer uma aplicação web centrada nos itinerários e nos horários de funcionamento de transportes públicos. Novamente falha. A experiência é a mesma do geoweb com requintes de malvadez. As experiências que fiz, para calcular um simples itinerário de Lisboa a Viana do Castelo conseguiram não dar resultados. Por outro lado o serviço de mapas fica a anos luz dos oferecidos pelo Sapo ou outros concorrentes como o Google.

Mapas Páginas Amarelashttp://mapas.pai.pt/ – Os mapas do “PAI” (Páginas Amarelas Interactivas) é também (e forma semelhante ao do Sapo) muito bom. Está naturalmente vocacionado para mostrar os resultados das página amarelas, e não naturalmente como planeador de férias, mas permite mostrar diversos pontos de interesse nos 4 níveis de zoom mais próximos. O mapa permite que se faça Pan com o clicar e arrastar do rato directamente no mapa, e os mapas fornecidos pela TeleAtlas são muito detalhados.

Mapas Clixhttp://mapas.clix.pt/ – O clix também tem o seu serviço de mapas, neste caso orientado também à definição de itinerários. É talvez aquele que apresenta menos soluções. Uma pessoa passa a vida a tentar clicar na imagem e arrastar para mover o mapa, o que não funciona, ou a tentar fazer zoom com a roda do meio do rato o que também não funciona. No entanto permite fazer pesquisas de vários tipos de pontos de interesse (por exemplo procurar os mapas dos campos de golf em Portugal) o que servirá para organizar os seus passeios de forma prática. Para além disso o planeador de itinerários permite escolher entre itinerários a pé ou itinerários de carro, o que é útil para as visitas aos centros das cidades portuguesas.

Qual o melhor serviço de Mapas Português?

Esta análise é efectivamente curta e é a minha opinião sobre os diversos serviços que encontrei. Para além destes existem uma série de espertalhões que recorrem aos mapas do Google e fazem sites de mapas de portugal apenas para colocar publicidade adsense em torno dos mapas. Encontrei vários assim, muito lixo mesmo.

Dos 5 serviços de mapas que experimentei, os meus favoritos são sem dúvida os dos portais Sapo e Clix e o das Páginas Amarelas. Os da Gismedia são verdadeiramente penosos de utilizar. A vasta experiência dos portais com os utilizadores de internet é aqui mais valia e mesmo entre o Sapo e o Clix, tenho que reconhecer que prefiro os mapas do Sapo. Principalmente porque é maior. A área que o mapa ocupa é 3/4 da janela e é fluida o que permite que num monitor de 20” não se esteja a ver um mapa do tamanho de um relógio de bolso. Para além disso o poder fazer pan com um clique do rato ou zoom com a roda de scroll são mais valias que aprecio. O Clix permite marcar itinerários directamente nos mapas, algo prático, mas as dimensões reduzidas do mapa, assim como a utilização de botões externos ao mapa para Zoom e Pan fazem a minha escolha recair no Sapo, que embora não sendo perfeito (Sr.s do Sapo, vejam lá o Javascript dos mapas, porque um bug qualquer a dada altura fez disparar o consumo de memória do Firefox e foi preciso matar o FF) é melhor que a concorrência. Entre o Sapo e o PAI o meu coração balança. Se por um lado penso que o Sapo está mais vocacionado para lazer o do PAI (muito semelhante aos mapas do Sapo) está mais vocacionado para trabalho. Uma coisa que me desagradou nos mapas do PAI foi o facto de quando se muda o tipo de pesquisa ele automaticamente fazer um reset ao Zoom do mapa, não permitindo mudar o tipo de pesquisa apenas para a área em questão. Penso que isto é algo que no futuro deveria ser revisto pela equipa que desenvolveu os mapas do PAI.

Claro que se não quiser utilizar nenhum destes serviços de mapas pode continuar a utilizar os mapas fornecidos pelo google maps, ou pelo maps live da microsoft (com birds view para as maiores cidades portuguesas), ou então os da via michelin para itinerários (muito bons mesmo, inclusive para viagens pela Europa). Aliás, nenhum destes “estrangeiro” será substituído pelos serviços de mapas nacionais que ainda tem muito para andar (sapo inclusive). No entanto a distância já foi muito superior e os nacionais podem em alguns casos apresentar dados mais pormenorizados que os estrangeiros, pelo que no planeamento de férias são uma boa opção para considerar.

Depois é só ir de férias e se quiser saber novidades aqui da chafarica, pode seguir o Sixhat Pirate Parts no telemóvel através do Twitter.

Conspiração: O caso Maddie é irrelevante!

Há uma coisa que me intriga na publicação do livro sobre o desaparecimento / rapto / homicídio / morte (risquem o que não gostarem) da filha do casal McCann:

Ou o ex-inspector da polícia judiciária Gonçalo Amaral foi afastado do caso por incompetência ou foi afastado do caso por tráfico de influências. E isto é grave em ambos os casos.

No primeiro, tratando-se de incompetência, não se percebe porque agora se daria crédito ao que ele escreve, uma vez que não passariam de rumores fantasiosos sobre o caso. No segundo, esperava-se que o livro revelasse de onde vieram e como foram exercidas as tais pressões. Tratar-se-ia de um livro de denúncia do sistema, pondo a nu os tráficos de influências.

Ora, tal não parece ser o que acontecerá no livro, limitando-se sim a ser um conjunto de opiniões (julgo que os mencionados no livro optarão por colocar a palavra “difamações” aqui) do próprio, nem provando o que aconteceu na realidade (o que revelaria incompetência própria quando lá esteve), nem provando o mau funcionamento do “sistema” (o que provocaria reacções, investigações e mais demissões na judiciária).

As duas possibilidades não são compatíveis uma com a outra. O que o livro sobre os McCann mostra é que um assunto destes pode render dinheiro, muito dinheiro, e que neste verão vamos ver muitas cópias do “Maddie: a Verdade da Mentira” nos areais portugueses. É uma espécie de folhetim, que vai agradar ao coscuvilheiro nacional, que vai poder opinar, discutir e julgar o caso em praça pública mais uma vez. Tudo para sucesso do autor do livro.

Aliás, é bom que venda bastante, porque os processos por difamação devem estar a ser preparados e todos sabemos o quanto custa pagar um advogado hoje em dia.