Quando Einstein me afecta o trabalho…

Einstein é um génio! Prova-se que sim, apesar de para isso se gastar milhares de contos. A relatividade geral (e já agora a estrita também) mudou a forma de ver o mundo. A gravidade não é gravidade… apenas uma deformação do espaço-tempo pela presença de um corpo de elevada massa, o tempo estende-se as distâncias encurtam-se e toda a realidade que conhecemos faz parte de um filme de David Lynch..

Por outro lado nada há de relativo em ter que converter um CV para o “Formato Standard Europeu“, que tem que ser em Inglês… porque talvez o Português não seja língua oficial europeia… Para além de que o tal formato europeu é verdadeiramente secante para quem tem um CV com mais de 2 páginas. Identificar cada ponto do que se fez na vida em modos ditos “europeus” é verdadeiramente uma tarefa que não devia ser efectuada num domingo à tarde. É nestas alturas os filmes do David Lynch ou a teoria da relatividade geral de Einstein se tornam tão, tão, tão apelativos.

Títulos do Google Docs

Costumo utilizar o Google Docs com alguma regularidade, nomeadamente quando estou a tomar notas nas aulas de mestrado e não tenho o portátil comigo.

Verifico que é profundamente irritante quando, depois de se ter guardado o documento, se alterar a primeira linha do documento (que dá o título ao mesmo) e ao re-gravar, o Google Docs em vez de alterar o documento gravado, decide criar um documento novo.

Como eu tenho o hábito de ir alterando os títulos a cada duas frases novas acabo por ter meia dúzia de versões que depois vou ter que apagar…

Claro que é possível editar o título manualmente clicando no mesmo e a partir daí o Docs já não utiliza a primeira linha do texto… mas mesmo assim, será que não seria possível evitar a proliferação de sucedâneos?

Artigos Relacionados:

MP3: Procurar música no Google

Ordem dos Arquitectos muda regras de admissão

Já se sabia disto nos bastidores da Arquitectura. O sistema andava “empanturrado”, os alunos de arquitectura serviam para encher chouriços nos ateliers durante os ano de estágio e porque a ordem assim o permitia alguns até pagavam aos ateliers para conseguir o estágio.

Felizmente surgiu este processo da Universidade Fernando Pessoa contra a ordem dos arquitectos, eles baixaram os braços e começaram a aceitar que não podiam estar lá para regular apenas o fluxo de trabalho escravo para os ateliers dos amigos…

Quanto ao pedido de indemnização é natural que a OA vai ter problemas em ressarcir os prejudicados. E se eventualmente mais Arquitectos se juntarem nesta luta, apresentando contas à Ordem pelo que perderam por bloqueios da mesma, então talvez a Ordem tenha mesmo desaparecer e nem o papel de supervisor deontológico consiga manter.

Esta questão toda leva-me a pensar que esta limpeza do status quo das ordens profissionais tinha que começar por algum lado, mas que não é exclusiva da Ordem dos Arquitectos. Outras ordens sofrem dos mesmos males, julgando-se entidades de reconhecimento e acreditação dos cursos (Coisa que cabe ao ministério do ensino superior e não às ordens). Talvez com a instauração de uns processos a algumas destas ordens finalmente se comece a acabar com a cartelização das actividades profissionais em Portugal.

RSS para quê?

Alguém me sabe dizer porque é que há alguns jornais que pertencem à família que não tem RSS?

Exemplos:

http://dn.sapo.pt/

http://jn.sapo.pt/

http://diariodigital.sapo.pt/

Será que alguém percebe isto? O maior portal nacional? Não tem RSS para os seus conteúdos? Assim percebe-se porque é que eles são os maiores e com mais hits… a única forma de saber o que se passa lá é indo lá levar com aquela publicidade toda tão linda… Ainda bem que utilizo o Adblock… ou o Adblock Plus

Gaim agora Pidgin

Uma das coisas mais irritantes na industria acontece quando empresas em declínio entram em pánico.

Foi o que aconteceu com a AOL e o seu Instant Messenger. Quando tudo ia de vento em poupa não se chateavam, mas quando os utilizadores do AIM começaram a cair em favor de outros protocolos (MSN, GTalk, etc..) o que faz a AOL? Como qualquer gigante que se preze em vez de melhorar o seu produto e cativar os seus clientes desata a processar tudo e todos baseado no facto de ter mais advogados que os restantes.

Primeiro fez com que o “GTK+ AOL Instant Messenger” tivesse que mudar de nome e a equipa mudou-o para GAIM, depois a AOL registou a marca AIM e começou a processar os developers do GAIM por causa do AIM no nome…

Fartos disto tudo, o pessoal do excelente GAIM, decidiu mudar o nome da aplicação para Pidgin, a fim de evitar mais baboseiras por parte da AOL.

Aquele que é porventura o melhor cliente de IM do mercado (ainda por cima é open-source) muda assim de casa. Pelo menos até que a AOL ou outro se lembre de registar a marca “idgin” para depois os processar novamente.

http://www.pidgin.im/

O problema dos títulos

O twitter, independentemente de todas as polémicas, tem coisas engraçadas.

Uma delas é que recebendo as notificações do Público e do Expresso no cliente de messenger, se verifica que os títulos das notícias do jornal Público são mais descritivos que os do Expresso. Com os títulos do Público percebe-se logo o que é a notícia e portanto só se clica no link para ler o resto se realmente o assunto nos interessa. No caso Expresso os títulos são sempre mais ambíguos a querer ser “engraçados”, a tentar cativar o leitor para uma leitura.

Exemplo (as duas últimas mensagens) :

Público: Soldados britânicos quebram silêncio sobre os 13 dias de detenção no Irão http://tinyurl.com/2cxr56Expresso: Xeque ao líder http://tinyurl.com/ywlov7

A eficácia dum estilo ou do outro vai depender naturalmente do leitor e provavelmente do tempo disponível para “arriscar” num título que pode enganar.

Eu pessoalmente prefiro o primeiro.

E saí o cartaz do Gato Fedorento

Estamos num país onde os brandos costumes são prática corrente e onde a indignação e manifestação pública são consideradas exageradas.

É surpreendente a forma como a câmara de Lisboa aceita pacificamente o cartaz do PNR, mas quando os Gatos se manifestaram contra o mesmo e diga-se de forma genial, a câmara rapidamente se prontificou a retirar o cartaz do marquês. Mostra bem o respeito que se tem pela opinião das pessoas, que pelos vistos não vale nada, mas por outro lado se se for um partido… (aliás será que o PNR tem tantos membros quantos os 4 gatos?)

Os políticos portugueses vivem com uma noção muito errada da realidade. Vivem num casulo de poder e aplicam as suas ditadurinhas conforme os gostos. Em todo o caso já se percebe que depois do programa sobre Salazar, o próximo programa dos gatos vai ter alguma rábula sobre o Carmona Rodrigues num escadote a tentar retirar o cartaz dos gatos fedorentos.