Apple: iBrick'em All

Parece que o tal update fantástico ao firmware do iPhone afinal é o que se chama tábua rasa. A forma de evitar iPhones desbloqueados parece ser fazer dos iPhones pisa-papeis. Mas algo correu mal à Apple e para além dos iPhones hackados, há pessoas que não fizeram nada aos seus iPhones e cujos telefones deixaram de funcionar. Ou seja… “Vendemos 1 milhão de iPhones em 74 dias, matamos 1 milhão em 24h com um update”.

As relações publicas da Apple vão ter muito trabalho. Será que o pessoal vai ter mais 100$ de crédito na iTunes Store?

As fontes desta comédia:

ZDNet, Adrian Kingsley-Hughes

ZDNet, Jason D. O’Grady

Techmeme

Gizmodo

iTunes: tanto download para o lixo

Ora bem, eu não tenho nenhum iPod. Prefiro um iAudio X5. Eu não tenho nenhum iPhone. Aliás, não há venda em Portugal. Eu não uso a loja do iTunes a não ser para a parte do iTunes U, aliás a única coisa boa que tem. Não compro música lá. Quando quero compro-a em CD e não me importo que custe mais. Uso o iTunes porque faço um Podcast (a MACacada) e preciso verificar se tudo funciona bem para os meus ouvintes. Para além disso ouço muita da minha música OGG no VLC. Vejo os filmes no Miro.

Com isto tudo, gostava de saber porque raio é que nos últimos tempos o Software Update me obrigou a fazer praí uns 10 downloads do iTunes 7.X.X a 35MB cada um, se em nenhum desses updates houve algo que me interessasse.

Não podia aparecer uma janelinha a dizer: “esta versão do iTunes é para actualizar o firmware do iPhone e lixar o pessoal que o hackou. Que quer fazer? Instalar ou Esperar por uma versão que tenha alguma coisa de jeito para si?

É que a apple é toda user experience, mas com isto está-se a esquecer da user experience de quem não quer estes updates todos. São uma chatice.

Notícias curtas

A SCO, a empresa que mais ficou conhecida pelo caso contra a IBM por considerar que partes do Linux violavam os seus copyrights sobre o Unix, abriu falência.

Os planos para a venda do iPhone na europa parecem confirmar-se: O2 na Inglaterra, T-Mobile na Alemanha, Áustria, Holanda, Hungria e Croácia e Orange em França. Curioso é a aparente desistência da Vodafone o que poderá levar a que os rumores de que em Portugal o negócio fique nas mãos da TMN tenham algum fundamento. Vamos aguardar.

O novo sistema de protecção dos iPods que impedia que software open-source pudesse aceder à biblioteca de música já foi crackado. O novo sistema utiliza um checksum que bloqueia a biblioteca a um dispositivo e a um iTunes. Contudo agora a equipa que desenvolve o GtkPod anunciou que já percebeu como funciona o checksum e testou com sucesso o novo formato da biblioteca. Felizmente vai ser possível utilizar os novos iPods em linux, mesmo que a Apple não goste…

Notas de Fim de Semana

Primeiro que tudo gostava de dizer o quão fiquei surpreendido com a reacção fantástica que o post “F1: Houve em tempos um desporto” teve.

Sou um apaixonado pela F1 e desconfiava que muitos dos que por aqui passam também o fossem, mas realmente a reacção superou o as minhas espectactivas. E de toda as reacções o que concluo é que as pessoas estão insatisfeitas com o actual estado da F1, independentemente dos porquês.

Segundo, gostava de linkar aqui umas coisas rápidas que vi nas minhas feeds:

earphones – headphones: quase todos os leitores de mp3 trazem uns auriculares merdosos. A primeira coisa a fazer é substituir essa tralhada: A Sennheiser lançou 4 novos modelos de earphones.

IpodLinuxInstaller: Apesar de ainda não suportar as últimas gerações, estão quase lá. É a forma de libertar os iPods da escravatura do iTunes e da Apple. Outra alternativa é o RockBox que utilizo também noutros players. UPDATE: parece que a equipa do GtkPod já consegui dar a volta ao problema.

Afinal os Ringtones da apple custam Zero.

Parece que afinal fazer um Ringtone para o iPhone é ainda mais simples do que utilizar algum tipo de hack. Parece que afinal apenas uma entrada na metadata do ficheiro AAC permite ao iTunes indentificar um ficheiro como sendo um Ringtone. Alterando esse valor para qualquer música que tenhamos… obtemos o que se chama “instant ringtone” e poupam-se $0.99

Aliás a impossibilidade de utilizar ficheiros pessoais de mp3 ou aac para ringtones era uma anedota. Quem disse que eu não quer colocar como ringtone uma música produzida por mim? Até agora teria que pagar 0.99…

O tipo que descobriu isto tem uma entrada explicando como proceder no seu blog, mas basicamente resume-se a:

a) Escolher uma música em formato AAC (.m4a)

b) Utilizar o software Atomic Parsley, que permite editar a metadata dos ficheiros AAC e fazer, no terminal:

AtomicParsley musica.m4a --stik value=14

Claro que resta saber quanto tempo é que apple vai deixar isto assim, pois é muito fácil fazer uma aplicação tipo Drag&Drop que elimine o desconforto que é abrir o terminal para hackar a música, mas também não vai poder passar a vida a lançar updates de firmware aos iPhones, chateando assim os utilizadores. Alguma vez terá que assumir que perdeu e deixar a coisa correr. E vamos ver se isto funciona quando o iPhone chegar à europa.

Toshiba 120 GB 1.8"

Mac Rumors: Toshiba Prototypes 120 GB 1.8″ Single Platter Drive: “Toshiba has announced a prototype 1.8′ HDD that fits 120 GB on a single platter via a breakthrough called Discrete Track Recording (DTR). The drive uses the same form factor currently used in Apple’s iPod classic.”

E pelos vistos a Apple vai lixar novamente quem comprar agora um dos iPods Classic e muito em breve lançará os de 2ª geração (7 geração no total) do classic com capacidades de 120Gb por 249$ e 240Gb por 349$.

Claro que também vai lixar como sempre o consumidor europeu com câmbios onde o dolar custa mais de 1 euro. Mas quanto a isso já não há muito a fazer.

Apple is the New Microsoft

PC World – It’s Official: Apple is the New Microsoft: Ten years ago, Microsoft was the company everyone loved to hate.

A PC World é conhecida cpor ser Pró-Microsoft pelo que este artigo tem o tom típico de quem acompanha a revista, mas contudo não deixa de tocar em alguns pontos essênciais nomeadamente no comportamento da Apple no mercado da música digital com o iTunes e os respectivos iPods.

Uma questão que me ocorreu quando lia o artigo foi da posição do open-source e do linux em particular no futuro. Houve um altura que o seu desenvolvimento era catapultado pelo bug número 1, e pela necessidade de criar um software que fosse melhor para que o da Microsoft para atrair utilizadores a um OS que não tinha o dinheiro para gastar em publicidade ou promoções. Será que com o crescimento da Apple será a altura da bitola de comparação e de auto-exigência por parte do mundo open-source se transferir da Microsoft para Apple? Estará na altura de registar o Bug número 2?