Flash para o iPhone Confirmado

Depois das ameaças do Steve Jobs, a Adobe diz que vai desenvolver uma versão do Flash para o iPhone. Mas curioso é que não vai ser algo desenvolvido em pareceria com a Apple e integrado no OS X do iPhone (e iPod Touch) via uma licença, mas antes será distribuído como qualquer outra aplicação da futura App Store do iPhone.

Ora aqui coloca-se uma questão. A Apple não vai poder impedir a Adobe de colocar esta aplicação na loja sem chatear os seus clientes. E se deixar entrar o Flash como uma aplicação na App Store, não terá razão para impedir a Sun de fazer o mesmo com o Java, e já agora um Silverlight ou o AIR? E com isto vai começar a ser possível desenvolver aplicações que não irão precisar da App Store… Não serão Cocoa nativas… mas se calhar há muito developer que não está para aprender Cocoa e gostava de ter uma aplicação em Java a correr no iPhone. Digo eu!

Ver ainda:

Teste Acid 3

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Estive a ver o teste Acid 3 aqui com os browsers que tenho instalados e…. vamos aos resultados:

Firefox 2.0.0.12

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Safari Version 3.0.4 (523.12.2)

WebKit r30368

WebKit r30966

Como se pode ver o Webkit está no bom caminho… mas ainda não está lá… vamos agora esperar pelo lançamento do Firefox 3.0 para ver os resultados também.

O Acid 3 é um teste a browsers vocacionado para principalmente para saber se o DOM e o JavaScript estão implementados de acordo com os standards. Ao todo são 100 subtestes, agrupados em 6 grupos.

Youtube fora do ar…

Foto de acaben

Durante algum tempo foi impossível aceder ao Youtube… Porquê? Porque o Paquistão decidiu bloquear o acesso dos seus cidadãos ao Youtube por considerar que o site contém material ofensivo para o Islão. Já sabemos, sim, o Islão não aceita a diferença… todos a marchar, todos iguais, aqui ninguém pensa…

O pior é que, inadvertidamente, descobriram a guerra do futuro… Os ISPs na pressa de implementar a medida de bloquear o Youtube decidiram começar a propagar uma rota que redireccionava todo o tráfego do Youtube para um site que continha o aviso sobre o conteúdo insultuoso. O Youtube morreu…

Ninguém durante algum tempo conseguir aceder ao site. Os tipos do ISP do Paquistão conseguiram dar cabo do Youtube e mostraram a todos os fundamentalistas uma forma de conseguir fazer terrorismo digital. Finalmente o backbone que alimenta o Paquistão lá foi avisado e começaram a tomar medidas para que tudo volte ao normal…ou seja, amanhã já podemos ver os vídeos do John Stewart na entrega dos Oscares e para quem vive no Paquistão quer dizer “todos a marchar, todos iguais, aqui ninguém pensa”.

fonte: zdnet

Guerra até ao infinito: Logotipos

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A Red Hat, enviou uma carta de C&D (Cease and Desist) ao grupo DataPortability.org exigindo a retirada do logotipo do seu site. Tudo porque segundo a Red Hat o logotipo é idêntico ao utilizado pelo Fedora, que é uma marca da Red Hat.

Ora é verdade que ambos são parecidos. Sim. Mas penso que de forma alguma são confundíveis. Para além disso a argumentação da Red Hat é a de que o símbolo de infinito é deles por já estar no logotipo no fedora, o que é algo que não é muito prático, pois iria por em causa toda a matemática. Por outro lado acho que é preciso repensar urgentemente este tipo de processos em que os logotipos são feitos com as iniciais do nome, uma vez que qualquer dia nem podemos dar aos nossos filhos algum nome com medo de algum processo.

Mas que os dois logotipos são parecidos lá isso são… e se a RedHat ganhar, ninguém mais vai poder utilizar um infinito a 45º

Censura ao Wikileaks. Saiu cara a brincadeira…

Depois de uma grande parte da internet se ter revoltado e falado da tentativa do banco Julius Baer de silenciar o site de fugas de informação Wikileaks a coisa parece estar a rebentar na cara do dito banco. A blogosfera pegou no assunto, a imprensa (NYT) também e agora o que acontece?

A verdade é que a tentativa de silenciar as fugas de informação através do tribunal revelou-se desastrosa para o banco, que estava em vias de lançar uma IPO (Initial Public Offering) ou lançamento em bolsa (como cá se faz). Naturalmente que o Banco não gostou que a suspeita de que os seus rendimentos vinham de lavagem de dinheiro sujo surgisse tão em cima do acontecimento, mas a verdade é que com a censura conseguiram fazer exactamente o contrário. Todos os olhos estão agora em cima do banco e os seus negócios vão ser escrutinados ao pormenor pela entidade reguladora. Chama-se a isto … Ok. Vocês sabem.

Ainda para mais, segundo David Ardia do Projecto “Citizen Media Law” de Harvard, a decisão do Juiz pode ser inconstitucional uma vez que não há justificação para ordenar o desligar de todo o site, sendo muito mais natural apenas o ordenar de retirar apenas o material respeitante ao banco. Por outro lado uma ordem mais restrita como essa seria facilmente disputada em tribunal.

Ainda caricato e provando que há quem tome decisões sem saber o que faz, o tribunal depois de proibir que o domínio do wikileaks resolvesse para o respectivo IP(88.80.13.160) ainda ordenou que a ordem do tribunal juntamente com o processo fossem enviadas por email para o Wikileaks… algo que não seria possível pois o tribunal tinha ordenado a retirada do ar do site.

Isto vai dar ainda pano para mangas… por isso há que estar atento.

Atenção. Este post é TOP SECRET.

Foto de inju

Um tribunal Californiano ordenou que o site WikiLeaks dedicado a fugas de informação anónimas fosse desligado fazendo estalar a controvérsia. Mas não foi só isto. O WikiLeaks, que é um site dos mesmos fundadores do PirateBay, passou pelas passas do Algarve.

Primeiro, um fogo no datacenter onde está alojado colocou offline o site durante Sábado. Para além disso, momentos antes do fogo, o site foi alvo de um ataque de 500Mbps de DDoS (Distributed Denial of Service).

E para finalizar um banco Suíço meteu uma providência cautelar num tribunal da Califórnia depois de umas centenas de documentos terem surgido relatando as actividades do banco em actividades Off-Shore.

O Tribunal ordenou à Dynadot, empresa registrar do site, para remover todos os traços possíveis do site dos seus servidores e obrigou a que o domínio wikileaks.org deixasse de resolver para o IP (http://88.80.13.160/wiki/Wikileaks) e fosse para a página de Park.

Contudo, os autores do site, precavendo-se contra a possibilidade de ficar sem o domínio, criaram ao longo do tempo uma rede de domínios que permitem continuar a aceder ao site. Assim, se tiver uma informação quente que quiser passar para o público, pode continuar a fazê-lo nomeadamente através de wikileaks.be.

Ora, vamos ao que interessa. Censura. Poderia o tribunal americano fazer o que fez? Não sei, não conheço a lei americana, mas pelo que li a medida pode ser anti-constitucional. Segundo. O tribunal não ouviu os donos do site, limitando-se a informá-los por email com algumas horas de antecedência, o que impediu a sua presença no tribunal. Terceiro, isto tudo está a parecer uma trapalhada e um complôt mas pior é que esta medida é mais uma das muitas que ultimamente se tem vindo a tomar para tentar controlar a internet e que mais uma vez merecem a reprovação e o olhar crítico sério sobre o que se vai passando no mundo sob o risco de um destes dias “valer tudo” e os direitos de informação mais básicos serem cerceados por processos “político-administrativos”.