Pode o Eee PC substituir um computador normal?

Asus Eee PC 701 4G Este fim de semana tive em casa um casal amigo e o momento geek foi quando ela me perguntou pelo Eee PC, e se achava que podia funcionar normalmente como computador principal. Isto porque a mãe dela já tinha um (com linux) e estava rendida.

A meu ver Eee PC é o computador para levar para qualquer lado quando não se viajar por mais de 2 ou 3 dias.

Para um uso diário de várias horas (mais de 3), o melhor é mesmo possuir um computador com um bom monitor. A vantagem do Eee PC é que pode funcionar como o portátil que se leva para reuniões com as apresentações, ou com os ficheiros de trabalho… enquanto em casa se pode optar por um computador mais potente com um bom monitor e teclado (os dois maiores defeitos do Eee PC).

Se bem que hoje em dia seja moda utilizar os portáteis como computadores de secretária, estes conseguem ser ainda mais potentes, baratos e confortáveis para utilização intensiva.

Por isso mesmo o Eee PC não é um computador para ficar solteiro em casa. Tem que possuir um outro computador. A vantagem do Eee PC é que com o preço actual pode ser visto não como “O” computador, mas antes como um periférico do computador principal que tem a vantagem de se poder levar para qualquer parte quando for preciso.

E é muito mais barato que um iPhone

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Blogosfera? Pensamentos sobre a Zona Franca.

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Tem havido algumas movimentações na blogosfera, nomeadamente para “regular” o que se diz, como se diz, ou mesmo se se diz alguma coisa.

O que me preocupa fundamentalmente é que algo que sempre foi uma zona franca, uma espécie de “speekers’ corner” esteja a ser alvo de ataques, uns grosseiros e patéticos, como o caso do programa sobre os perigos da internet, outros ordenados por providências cautelares de tribunais como no caso do blog da povoa online.

Naturalmente ambos estão sujeitos à lei. Numa zona franca um crime continua a ser um crime, mas no entanto há uma tolerância quanto ao que os outros pensam e dizem sem se tentar impedir o discurso apenas porque não se concorda.

Naturalmente que a comparação dos blogs com o speecher corner tem dois problemas fundamentais. O primeiro é que o que se diz é permanente e não desaparece à velocidade de 340 m/s e o segundo é que o speechers corner não tem tanta visibilidade como a blogosfera. E é aqui que reside o busílis do problema:

A blogosfera atingiu já um tamanho considerável, sendo uma forma expressão que tem poder e os políticos sabem-no, daí que estejam atentos a ela (chegando mesmo a participar do festim). Ora as zonas francas são toleradas desde que sejam inócuas, e a blogosfera, com as suas propagações virais, com a capacidade de informar de forma opinada (sim, blogosfera e isenção não existem), é preocupante para quem até agora estava habituado a (des)informar ao ritmo dos seus interesses particulares. Ainda para mais num país onde os meios para o fazer estão concentrados em meia dúzia de grupos.

Acontece que se os speeker’s corner começassem a ter uma audiência e influência como a que a blogosfera já tem, certamente estariam a ser perseguidos como a blogosfera o é. Os políticos não gostam de zonas francas onde o pensamento livre emirja. Sabem que daí podem vir mudanças e perigos para o “status quo”, o que em política é sempre mau.

Ora, recentemente tem vindo a terreiro propostas de alterar a blogosfera, ou o seu estatuto, ou a forma como é feita… Ou seja, alguém quer regular a blogosfera, fazê-la uma coisa castrada de imaginação, de vontade própria. Acontece que os proponentes desse tipo de alteração são aqueles que mais tem a perder com o facto de a blogosfera ser uma zona franca. Alguns dos que estão muito preocupados com isso são os bloggers ditos “grandes”, porque naturalmente são aqueles que mais tem a perder se porventura os ventos mudarem de repente. Cresceram tanto que agora se acham no papel de representar os outros milhões de bloggers anónimos baseados apenas no número de pageviews que possuem.

A blogosfera, como muita coisa na vida, obedece a lei de potências: alguns, muito poucos, levam a fatia grande dos leitores e o grosso dos participantes consegue apenas umas migalhas (Leiam a “Cauda Longa”, do Chris Anderson, para uma explicação fácil e com exemplos das leis de potência ). Acontece que as preocupações emergentes por parte desses poucos, em sintonia com as vontades dos políticos, apontam na direcção da manutenção do estado das coisas, senão do agravamento da situação (para os matemáticos, aumentando a potência da lei de distribuição). Agora imaginem uma blogosfera portuguesa onde existissem apenas 10 ou 20 blogs, em que todos lêssemos os mesmos, onde ninguém ousasse escrever de forma diferente, porque o “regulamento” não permitiria, ou onde para ter um blog se tivesse que inscrever primeiro num clube de comparsas de crime. Seria efectivamente um país ainda mais cinzento esse.

Por isso deixem a blogosfera em paz, deixem-na continuar a ser zona franca, a ter coisas boas e coisas más. Deixem-na experimentar, procurar soluções, ERRAR. Não tentem manietá-la com regras, clubes ou cartéis. A blogosfera é algo orgânico que vai saber encontrar o seu caminho.

Knol: Diz que é uma espécie de Wikipedia

Foto de Sifter

Agora que a Wikipedia pensa em rever os artigos submetidos, o Google decidiu entrar na corrida dos sistemas de conhecimento produzidos colectivamente com o lançamento do Knol, mas que ao contrário da Wikipedia, permite que o autor de um “knol” continue a ser o dono do mesmo e possa moderar as alterações aos artigos ao longo do tempo.

A ideia é evitar os problemas que a Wikipedia tem, nomeadamente com a edição dos artigos por forma a viciar o que lá está escrito.

A interface de edição do Knol é mais prática do que a da wiki, proporcionando um ambiente de trabalho semelhante a um documento tradicional. Aliás, a interface tem muitas semelhanças com outro produto do Google, o Docs.

O que o Knol tem de interessante é que o Google permite que diferentes artigos possam ser licenciados de forma diferente. Estão disponíveis 3 opções: Creative Commons Attribution 3.0 License, Creative Commons Attribution-Noncommercial 3.0 License e All Rights Reserved.

Para além da questão do licenciamento, os “knols” permitem que os autores possam ganhar dinheiro com os artigos, através da colocação de publicidade adsense nos artigos. Tal pode incentivar a produção de conteúdos, mas a verdade é que também pode atrair muitos spammers. Aliás, uma das pequenas polémicas a propósito disto é que o Knol classifica todos os links como “nofollow” para evitar a utilização do Knol como link farm.

O projecto mostra que o Google está interessado em atrair para o seu controlo algo que é fundamental para o futuro das empresas na internet. Quem controlar os conteudos, controlará onde estão os utilizadores e dessa forma controlará também os modelos de negócio. É nesta posição que o Google se tem sabido movimentar tão bem no passado. O Knol é apenas mais uma lança nesse caminho de “aquisição” de conteudos. O seu sucesso dependerá da tracção que conseguir nos próximos meses.

Clock It, um relógio para podcasts… e não só…

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Durante a gravação de um episódio do Triplo Expresso foi preciso arranjar um relógio para registar o tempo que já levavamos de gravação. A Maria João Valente sugeriu o Alarm Clock 2, que parece funcionar muito bem, mas não era perfeito para rádio ou podcasts.

O que eu pretendia mesmo era um relógio que ficasse no desktop pronto para ser parado e que mudasse de On Air para Off Air rapidamente e me desse o tempo total de emissão.

Como nestas situações o melhor é mesmo meter as mãos à obra e decidi programar o meu próprio relógio. Em meia dúzia de minutos tinha o Clock It a funcionar.

O problema mesmo foi perceber como fazer o bundle para Mac (a App é em Java) e arranjar uma imagem para o Ícone.

Em todo o caso se puderem experimentar digam-me se encontraram problemas, ou então deixem um ticket na página do Laggos no Google Code indicando o Clock It.

Se quiser a versão para outros sistemas operativos faça download da versão Clock It All Platforms

Não tem dinheiro para um iPhone? Não desespere!

Em vez de andar doido a pensar como vai juntar dinheiro para comprar o iPhone e ainda pior… como o manter, faça as contas e verifique se realmente precisa do Jesus Phone.

Imaginando que agora você gasta 15€ em chamadas por mês, que não liga a SMS ou MMS… Que o GPS é algo que só interessa no TomTom que tem no carro ou no Garmin que leva para o meio do mato e que para fotografias você carrega uma DSLR como os prós.

Sim, estamos a pensar que você precisa apenas de um telefone para fazer chamadas (chocado? o telefone também dá para fazer chamadas desde que Bell o inventou em 1860, sabia?).

Ora bem se é alguém que utiliza o telemóvel basicamente para as chamadas então vamos fazer umas contas:

O custo do iPhone ao longo de 2 anos é (no tarifário mais barato da Vodafone Portugal) 970€

Ora vamos ver os mesmo 100 minutos mensais noutro plano. No caso o Uzo, com um telemóvel de 50€

O preço por minuto é de 0.158 o que dá pelos mesmo 100 minutos?.. pois é acertou 15.80€. O custo total ao fim de 2 anos de serviço será então de cerca 430€

Custo ao fim de 2 anos:

iPhone 8GB + iPhone 100 (vodafone) = 970€

Motorola W230 + Uzo> = 430€

Se apenas precisar de um telefone para fazer e receber chamadas, que não vai chamar a atenção de gatunos e ainda por cima que está desbloqueado então pode poupar muito dinheiro se tomar uma decisão consciente.

Será que o Google deu um tiro no Android

Os developers que desde Fevereiro andam frustrados com o Google e com a falta de actualizações do SDK do Android, perceberam agora porquê:

O Google anda a fazer versões secretas do SDK do Android para alguns developers especiais (cerca de 50) que assinaram um NDA (non-disclosure agreement). A descoberta foi acidental porque alguém que ficou de enviar um email para a lista dos “escolhidos” a anunciar um build novo, por “engano” enviou também para a lista “pública”.

Isto mostra principalmente duas coisas. Uma é que o Google diz uma coisa e faz outra. A outra, que é consequência da primeira é que cada vez são menos os que acreditam no “Do No Evil” do Google e não estão dispostos a perder tempo a desenvolver para o Android. Com esta atitude o Google pode muito bem ter dado um tiro no sucesso comercial do Android.

Numa altura em que um telefone é muito mais que apenas um telefone, onde as aplicações tem um papel importantíssimo (veja-se a AppStore do iPhone) se os developers desistirem do Android ainda antes de serem sequer lançados os primeiros aparelhos mais vale ao Google fechar a loja.

Excertos das primeiras conversas com o iPhone 3G

“(…) Querida, este ano vou estar cheio de trabalho. Não vamos poder ir de férias para o Algarve! (…)”

“(…) Ei, o meu cartão de crédito? (…)”

“(…) Sabes aquela bicicleta nova que querias, filho. O pai fez uns negócios e agora não tem dinheiro. Vai ter que ficar para daqui a dois anos. (…)”

“(…) Não vamos poder visitar a tua mãe. Já viste o preço da gasolina? (…)”

“(…) Fo**-se, esta m***a é linda (…)”

“(…) Férias na neve? Este ano não posso, tive que fazer um empréstimo novo e estamos apertados de dinheiro (…)”

“(…) Gu da gu da da gu bl gu da da da (…)”

“(…) Onde é que eu vejo o saldo do meu cartão? (…)

Tags: iPhone