App Engine do Google

Algumas horas depois de me ter inscrito no Google Code para o App Engine recebi a confirmação e pus-me a brincar com o App Engine. Li a documentação, vi o tutorial do Google e experimentei fazer uma aplicação muito simples com o SDK. Tudo foi feito de forma muito rápida. A documentação está muito clara e penso que o App Engine vai permitir efectivamente revolucionar a forma como se desenvolve aplicações para Web. Até agora fazê-lo requeria especialistas, coders, designers, sysadmins e afins… Agora com o App Engine penso que o nível técnico necessário para desenvolver uma aplicação, simplesmente vai baixar, e muito. A meu ver, trata-se de um processo de democratização natural.

Fico a pensar entretanto uma coisa: O que estará nesta altura a Microsoft a pensar? É que mais que um ataque ao mercado directo da Amazon, o App Engine é um ataque ao modelo de desenvolvimento de aplicações da Microsoft. Se desenvolver uma aplicação web for tão simples quanto possível, que papel fica para companhias como a Microsoft no desenvolvimento destas aplicações? Ainda para mais quando todos parecem falar que o futuro da computação passará por aplicações online?

Google Lança Google App Engine, mata PHP para web dev…

A noite passada (tarde em S. Francisco) o Google apresentou o Google App Engine. Segundo a companhia trata-se de uma plataforma de desenvolvimento de aplicações web sobre a infra-estrutura do Google. É a versão Google do chamado Cloud Computing e vai permitir que os developers utilizem a infra-estrutura do Google para lançar as suas aplicações.

Para já, correrá apenas em python…o que quer dizer que não é preciso muito mais… uma vez que com a esta linguagem e a infra-estrutura do google não deve ser preciso muito mais.

O Google App Engine é uma forma do Google entrar em concorrência directa com a Amazon e o seu serviço S3 + EC2 + SimpleDB embora a versão Amazon permita escolher mais à la carte o que se pretende enquanto no caso do Google App Engine estamos perante uma situação de pacote completo.

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Actualização do Widget de Procura de MP3

Sxhat MP3 Google Search Eis a actualização do Widget de pesquisa de MP3 no Google do Dashboard. Redesenhei o Widget e corrigi parte do código que tinha um bug que impedia que se obtivessem resultados em algumas situações com nomes de bandas com mais que uma palavra.

Assim, se utiliza o Google MP3 Search antigo, ou se pretende procurar ficheiros MP3 utilizando todo o poder do Google faça download do Google MP3 Search e instale-o no Dashboard do seu Mac (+10.4.3).

Ver ainda:

A caminho do Laggos 2.0

laggos1.png Estou a pensar voltar a mexer no Laggos para desenferrujar o meu Objective-C e aproveitar para espreitar o XCode 3.0. Para quem não sabe o Laggos é uma aplicação que fiz por carolice durante o verão passado para começar a aprender os meandros do Xcode e da programação para Mac. Limita-se a funcionar como uma dropbox onde podemos deixar cair uma imagem e a redimensioná-la, gerando um ficheiro no desktop.

É bastante útil para fazer pequenas miniaturas para colocar online como avatares ou assim.

É verdade que há outras aplicações que fazem isto como o ImageWell e que tem uma série de outras funcionalidades, mas infelizmente é tão simples como o Laggos.

O objectivo do Laggos não é naturalmente tudo, não tenho tempo para isso, mas antes fazer apenas algumas coisas simples. Até agora o Laggos era tão simples que nem sequer tinha por exemplo uma painel de preferências. A próxima versão vai ter um, onde vai ser possível escolher qual a dimensão máxima da imagem redimensionada, a pasta onde vai ser gravada a miniatura e o formato do ficheiro. Não é muito mas vai-me obrigar a desenferrujar o pouco Objective-C que sei.

Se quiseres experimentar a versão anterior, podes fazer download do Laggos no Google Code ou ver o meu “péssimo” código a partir do subversion…

FAQ do Pwn do iPhone / iTouch

Sem dúvida que muitos estão a perguntar-se o que é que é esta história toda do Pwnage do iPhone…

A versão para leigos pode ser encontrada no Crunch Gear.

Em todo o caso agora interessa é que comecem a aparecer firmwares alternativos… Aliás uma coisa muito interessante era ver a plataforma a correr linux… Isso é que era giro… Triste era se alguém se lembrasse de meter lá um Windows Mobile… (mas certamente já deve haver gente a pensar no assunto).

Guerra Adobe-Apple Take N

Já deu para perceber que a Apple e a Adobe não são propriamente os melhores amigos. Nos últimos tempos tem havido uma série de braços de ferro entre as duas companhias e desta vez foi a Adobe que lançou mais um trunfo para a mesa.

O Photoshop, o programa mais utilizado para edição de fotografia (e que a meu ver é demasiado caro, apesar de bom) na próxima encarnação (CS4) vai ser exclusivamente 64 bits para Windows e apenas 32 bits para Mac… e só na versão CD5 é que vai ser 64bits para Mac.

Ora isto não é mais que dizer ao senhor Steve Jobs… “Vocês estão com esquisitices com o flash no iPhone… então nós estamos com esquisitices com os Macs”. Parecem dois putos de rua a resmungar e a dizer “Eu levo a bola para casa e acaba-se o jogo”.

Apre, que já não há muita pachorra para mimos destes.

Apple 21% Sempre a subir…

Foto de Sigalkos

Há algum tempo perguntava se a Apple conseguiria atingir até ao fim do ano de 2008 uma quota de mercado de 10%.

Na altura eram muitas as dúvidas, mas a verdade é que segundo os últimos dados a Apple já conseguiu os 10% de quota de mercado a nível global e 21% apenas no mercado interno americano.

Isto mostra que a transição para a plataforma intel permitindo que os utilizadores possam correr Windows por questões de retro-compatibilidade é um sucesso. A Apple está a reconquistar o seu espaço no mercado dos computadores pessoais e também está a conseguir penetrar (embora mais lentamente) no mercado empresarial.

Friends Friends Friends…

Foto de kalandrakas

Eles estão em todo o lado, no Twitter, no Facebook, no Hi5… Todos os serviços tem na página de cada utilizador um botão com as palavras “Add as Friend” ou “Friend Me” ou algo semelhante.

Esta contabilização de “amigos” virtuais é algo muito estranho porque é uma apropriação por parte dos sites sociais de um conceito que efectivamente não é aquele que eles pretendem vender e que as pessoas associam normalmente a um tipo de interacção e relacionamento diferente. E a verdade é que até um tribunal foi obrigado a esclarecer este ponto num caso de stalking.

O caso foi o de uma mulher que acusou o ex-namorado de perseguição, depois deste ter enviado um pedido de “Friend Me” no Facebook. O juiz concordou com a posição do namorado dizendo que este “Friend Me” não pode ser encarado no sentido tradicional do que é uma amizade.

Não quer isto dizer que na lista de “Friends” não haja também alguns amigos verdadeiros, mas a verdade é que maioritariamente são amizades inconsequentes. Permitem ter um panorama do mundo, eventualmente partilhar e conhecer experiências com novas pessoas e até iniciar projectos com algumas delas, mas daí a dizer que amizade está à distância de um clique…

É certo que o objectivo final do Facebook ou de qualquer outra rede social é o de fazer dinheiro através de um modelo de negócio que alguns estão ainda a tentar descobrir, e a apropriação do conceito “Amigo” é natural porque tentam a aproximação àquilo que as pessoas querem. Se em vez de “Amigos” lhes chamassem apenas “Contactos” ou “Utilizadores”, deixando a tarefa de construir amizades para os próprios certamente não haveria estes equívocos mas também seriam serviços muito menos populares, acho eu.

Os sites de comunidades e serviços sociais estão aí, não há como lhes fugir. Há é ter um pouco de atitude crítica e perceber onde é que acaba o “Friend” e começa o Amigo.