Portugal tem imensos utilizadores linux, sem dúvida. No meu dia a dia tenho-me cruzado com vários, nos mais diversos domínios: Professores universitários usam, estudantes usam, geeks usam, Microsoft Haters usam, Hackers usam, enfim… you name it.
Mas para meu espanto há coisas ainda incompreensíveis que falham ao observador externo. O ubuntu é uma distribuição popular porque foi verdadeiramente a primeira distribuição a perceber que Linux não é só código, são também as pessoas e principalmente as pessoas não especialistas. Para além de ser eficiente há que parecer eficiente. À mulher de César não basta sê-lo, tem que parecê-lo.
Assim para meu espanto ao ler o site da comunidade Ubuntu Portugal, no tópico “Como participar. Ponto 2. Divulgação” surge um link para uma listagem mundial de GULs (grupos de utilizadores de linux) dizendo: Dê uma palestra sobre o Ubuntu no seu Grupo de Utilizadores Linux Local ou outro grupo técnico! Ora, seguindo este link e procurando por Portugal verifica-se que o país não existe, ou então não existem GULs portuguesas registadas.
Eu sei que o texto foi copiado da versão inglesa, procurando transmitir a mesma mensagem, mas erros destes fazem com que o utilizador não acredite no empenho de quem o traduziu. Afinal isto é apenas uma cambada de farçolas e realmente não existe comunidade ubuntu portuguesa. Apenas uns curiosos.
Ora isto não é verdade, bem pelo contrário, mas tal como um jornalista tem que ter cuidado com a verificação das fontes, a distribuição e adopção de linux por mais e mais utilizadores dependerá de uma imagem de perfeição e utilidade. Um link como o anterior, não tem utilidade nenhuma para o utilizador, porque o utilizador vai verificar que não existe nenhum GUL local (registado, mas o utilizador não sabe isto) e desfaz-se a imagem de utilidade do Ubuntu para o novato do linux.
É preciso cuidado ao fazer as coisas, pensar sempre na imagem que um erro pode provocar à distribuição. Os erros acontecem, mas alguns podem ser evitados e ter a casa arrumada é um bom princípio para não frustrar os clientes (leia-se utilizadores finais da distro, sim eu acredito que eles devem ser tratados como clientes).
Ver ainda:
Utilizando VNC, Smaba ou SSH no meu Ubuntu