É altura de deixar de comprar telemóveis?

Portugueses compraram menos 96 mil telemóveis por mês no 2ºtrimestre: “Entre abril e junho as vendas de telemóveis recuaram 21% no mercado português, o correspondente a menos 96 mil telefones por mês, para um total de 1,08 milhões de unidades vendidas, de acordo com os últimos números do IDC European Mobile Phone Tracker. ” (Via Tek Sapo.)

A notícias tem destas coisas – espantam! Segundo o Tek o mercado de telemóveis nacional perdeu 96mil telemóveis por mês… mas a verdade é que vendeu 1.08 milhões de aparelhos em 3 meses. O curioso deste número é a sua dimensão. Se por uma lado Portugal compra 4.32 Milhões de telemóveis por ano, por outro lado mostra que são vendidos cerca de 1000 telemóveis por hora (considerando lojas abertas 12h/dia).

A cada 4 segundos um telemóvel é vendido. Os portugueses tem realmente muito que conversar. Ou então não. Compram telemóveis pelo status (veja-se a moda iPhone, que aliás estará brevemente a conhecer novos capítulos).

Mas a minha questão é: para quê?. Porque precisam as pessoas tantos telemóveis? É status, é profissional? é porque as conversas já não se têm à mesa de café, mas antes no FB?

Numa sociedade que está perto da banca rota, porque continuamos a correr atrás de modas e das últimas novidades, gastando rios de dinheiro em produtos com tempos de vida tão curtos?

Porque consideramos o iPhone 5 apelativo enquanto o iPhone 3G nos parece um trambolho?

AppleScript: Word Count, anywhere

Sometimes one needs to count the number of words and characters of text that we’ve written.

Here’s a small script to do just that:

set nChars to count (the clipboard)
set nWords to count words of (the clipboard)
 
display dialog "Characters: " & nChars & "
Words: " & nWords

Use Script Editor and paste the above code. Then save it to your scripts folder and every time you want to have word count just copy the text and invoke the script.

Aplicações para iPhone precisam uma rede social

Regularmente chegam aqui imensas pessoas a procurar por aplicações para o iPhone/iPad o que levou a pensar no porquê de tantos visitantes cairem aqui para além do post óbvio com já 2 anos.

Será que as listas de aplicações na App Store não funcionam? Por algum motivo as listas de aplicações para iphone da app store, que são curadas pela apple, não agradam aos utilizadores.

A minha primeira explicação é que a listas de aplicações para iphone/ipad da app store não transmitem a confiança de uma recomendação que uma relação social transmite. Com 200K… 500K… Zagaliões(palavra inventada) de aplicações na loja, não é fácil encontrar o que melhor. Para além disso a loja está infestada de aplicações com In App Purchases (IAP) que não é possível andar a experimentá-las todas até encontrar uma que faça o que queremos.

Daí que as pessoas procurem instalar as Apps que outros utilizadores recomendam, baseando-se na ideia que dessa forma evitam o castigo que é procurar pelas aplicações na loja do iphone, uma vez que esse trabalho de selecção já foi feito por outro.

A App Store precisa um Rede Social e um Grafo.

É estranho que o tal sistema perfeito que todos dizem ser a app store, consiga deixar escapar estas pessoas que estão à procura de aplicações para o iPhone/iPad. Parece-me que o sistema de votação e comentários em cada uma das aplicações que a app store tem, não funciona de forma perfeita.

O ideal seria que ao navegar pelas listas de de aplicações, ainda antes de abrir a janela de uma aplicação, houvesse uma indicação do tipo “O seu amigo Zé comprou esta aplicação“, ou “O seu amigo Zé deu 5 estrelas a esta aplicação“.

A definição do “amigo Zé” viria do grafo da rede social. Acontece que a apple não sabe construir redes sociais, mas poderia aproveitar a integração do twitter (que cada vez é maior) e fazer algo do género. Bastaria à apple convencer os utilizadores a associarem o seu Apple ID a uma conta de Twitter e poderia utilizar os “amigos Twitter” (que coisa estranha), para fazer as recomendações.

Até lá… muitos vão, como eu também faço, procurar listas de aplicações curadas por outros, quer por que me merecem confiança, quer porque não tenho paciência ou simplesmente porque procurar na App Store por vezes é uma verdadeira chatice.

GIMP – Finalmente OS X nativo sem passar pelo X11

GIMP – Introduction: “GIMP is an acronym for GNU Image Manipulation Program. It is a freely distributed program for such tasks as photo retouching, image composition and image authoring.”

O Gimp é o canivete Suíço da edição de imagem, principalmente no mundo Linux. No Mac o Gimp sempre correu em modo X11 e a promessa duma versão nativa foi sendo adiada… até hoje. O Gimp 2.8.2 foi disponibilizado também em versão nativa OS X.

Appple vs. Samsung – Vamos todos vestir de branco com cantos arredondados?

A parte mais preocupante da decisão do tribunal no caso Apple-Samsung é a leitura, que vi em alguns sites, segundo a qual a Apple foi capaz de demonstrar que na gama alta dos smartphones o público só quer um modelo de telefone (leia-se iphone).

Esta leitura é completamente abusiva e infelizmente mostra uma visão do mercado global centrada numa ideia monopolista do mercado. É uma visão monocromática e misógina do planeta, acreditar que os humanos se regem por uma única medida, por um único gosto. É o cúmulo da normalização, da igualdade pela força das patentes.

Ao belo estilo chinês, qualquer dia estaremos todos a vestir um uniforme militar branco, a utilizar todos o mesmo tipo de escova de dentes, branca, ou a conduzir o mesmo modelo de carro (Era assim com o Ford T ou o Trabant e parece que a esses tempos voltaremos). Tudo desde que possua cantos arredondados, seja branco e tenha uma maçã abocanhada como logo.

O pior desta decisão não tem a ver com quem ganhou ou perdeu. O pior desta decisão é a validação de um sistema de protecção de propriedade intelectual que permite efectivamente bloquear o progresso e manter a sociedade refém do avanço tecnológico e científico, considerando o autor mais importante que a sociedade e obrigando a sociedade a submeter-se aos caprichos arredondados dos seus advogados.

Ficção Interactiva! Como, quem, onde?

No mundo dos jogos de computador já não se houve falar tanto de ficção interactiva, jogos de aventuras em texto, mas a verdade é que foram durante muito tempo um verdadeiro sucesso. O primeiro jogo do género foi escrito nos anos 70 e era chamado “Adventure“(nome apropriado, sendo ainda hoje referência em livros de ficção científica e conversas Geek) e de lá para cá muita coisa mudou. Os jogos de IF ganharam popularidade e depois quase desapareceram do radar. Desapareceram? Vou mostrar-lhes que há uma comunidade fervorosa que continua a jogar e a escrever novos jogos todos os anos.

> ask Dave about software

Para jogar é preciso perceber que há vários formatos de jogos, mas que actualmente quase todos os lançamentos são baseados em duas plataformas de produção de jogos interactivos: TADS e Inform (uma minoria de jogos incluem Hugo, ADRIFT, QUEST e outras plataformas.). Não nos vamos preocupar muito com isso por agora. Acontece que diferentes plataformas podem produzir jogos para diferentes interpretadores. Por isso aconselho a fazer download do Zoom abaixo e do QTADS. Provavelmente com estes dois fica com todos os tipos de jogos cobertos.

Para Mac existem o QTads, o CocoaTADS, o Spatterlight e o Zoom.

No iPad podem utilizar o Frotz que também existe para Android.

> look for games

O principal site de jogos é o Interactive Fiction Database onde aparecem regularmente os jogos novos para experimentar. Uma boa escolha é seguir as listas feitas pelos utilizadores dos jogos, nomeadamente a de jogos influentes que dá uma perspectiva histórica a quem quiser começar a jogar.

Outra alternativa é experimentar os jogos curtos (menos de 2h) das competições anuais da IFComp. Esta competição vai já na 18ª edição e quem quiser pode experimentar os jogos da IFComp 2011 (ou anteriores, a deste ano ainda está a decorrer). O Arquivo para os diversos anos está também disponível!

Ainda é possível encontrar muita informação útil (e jogos) na IFWiki, onde podem tirar outras dúvidas sobre ficção interactiva.

> write your name in history book

Se por acaso se pretender aventurar na criação destes jogos, as duas plataformas mais populares são a TADS e a Inform. Talvez seja de começar por estas. A TADS é mais orientada para quem tiver alguma experiência de progamação enquanto a grande vantagem da Inform é a utilização de lingua natural para escrever e definir o jogo, o que permite começar rapidamente a escrever.

> examine TADS

Para além disso a TADS apenas tem disponível o TADS Workbench, que é um sistema integrado de desenvolvimento de jogos, para Windows, limitando-se a ter o compilador de TADS para outras plataformas.

> examine Inform

O Inform por seu lado tem disponível um IDE de desenvolvimento em várias plataformas e permite exportar juntamente com jogos uma versão web que pode ser jogada online.

Por outro lado pode utilizar qualquer linguagem e plataforma não específica para estes jogos. Há quem utilize python para escrever os seus jogos.

> go south

O mundo da ficção interactiva vive para além dos jogos. Há quem o utilize para escrever ficção literária, é utilizado em ambientes de ensino para incentivar a leitura, etc… As possibilidades de utilização dependem apenas da imaginação dos autores.

Por outro lado se gosta de andar vestido de caqui, carregar 30kg de equipamento militar e despejar 3000 balas por minuto em cima de adversários, então a Ficção Interactiva não é para si.

Latex: When Algorithms and Hyperref hate each other

When using algorithms in Latex and trying to use hyperref to produce automatic links in the references that one uses in LaTeX documents one usually finds out that although the references are printed correctly, the links for algorithms don’t work (usually pointing to the first page in the document). If you investigate the messages of the output you usually find:

pdfTeX warning (dest): name{algorithm.1} has been referenced
but does not exist, replaced by a fixed one

Well, the problem is that for some reason hyperref doesn’t work correctly with the algorithm and float packages. The trick to solve this is to push the use of hyperref package down the most in the preamble (without breaking anything) and then put the float package before hyperref and algorithm package after hyperref like in the example below:

...
\usepackage{float} % Before hyperref
\usepackage{hyperref} 
\usepackage{algorithm} % After hyperref
\begin{document}
...

This seems to solve the problem, and there are other situations where one might want to be careful with the order we load packages.

Does this solve the problem for you?

Latex: Easy Code Syntax Highlight with pygments and texments

One of the things that one has to do regularly in LaTeX is to put code in documents.

To accomplish this the easiest way is probably by using python’s pygments (install with easy_install -U Pygments from terminal) and texments a latex package that wraps around pygments.

A minimal working LaTeX document would be:

\documentclass{article}
\usepackage{texments}
\begin{document}
 
% Mandatory
\usestyle{default} %other useful styles are, bw,  borland, vs
 
% Include the source code 
\includecode{filename.py}
 
%A one liner example for getting all styles from shell
\pygment{sh}{
python -c 'from pygments.styles import STYLE_MAP; print STYLE_MAP.keys()'
}
\end{document}

Notice that you included texments in the preamble of the document and then used the mandatory usestyle command. Then you can include your code from a file with the includecode command, or if you have a one liner you can use the pygment command.

This will output something like (depending on what you have in your code file):

pygments-latex.png

There are other alternatives to source code inclusion. Try using the listings package (great for inline BW code).