Agora que a Wikipedia pensa em rever os artigos submetidos, o Google decidiu entrar na corrida dos sistemas de conhecimento produzidos colectivamente com o lançamento do Knol, mas que ao contrário da Wikipedia, permite que o autor de um “knol” continue a ser o dono do mesmo e possa moderar as alterações aos artigos ao longo do tempo.
A ideia é evitar os problemas que a Wikipedia tem, nomeadamente com a edição dos artigos por forma a viciar o que lá está escrito.
A interface de edição do Knol é mais prática do que a da wiki, proporcionando um ambiente de trabalho semelhante a um documento tradicional. Aliás, a interface tem muitas semelhanças com outro produto do Google, o Docs.
O que o Knol tem de interessante é que o Google permite que diferentes artigos possam ser licenciados de forma diferente. Estão disponíveis 3 opções: Creative Commons Attribution 3.0 License, Creative Commons Attribution-Noncommercial 3.0 License e All Rights Reserved.
Para além da questão do licenciamento, os “knols” permitem que os autores possam ganhar dinheiro com os artigos, através da colocação de publicidade adsense nos artigos. Tal pode incentivar a produção de conteúdos, mas a verdade é que também pode atrair muitos spammers. Aliás, uma das pequenas polémicas a propósito disto é que o Knol classifica todos os links como “nofollow” para evitar a utilização do Knol como link farm.
O projecto mostra que o Google está interessado em atrair para o seu controlo algo que é fundamental para o futuro das empresas na internet. Quem controlar os conteudos, controlará onde estão os utilizadores e dessa forma controlará também os modelos de negócio. É nesta posição que o Google se tem sabido movimentar tão bem no passado. O Knol é apenas mais uma lança nesse caminho de “aquisição” de conteudos. O seu sucesso dependerá da tracção que conseguir nos próximos meses.