Na véspera da Photokina

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É quase impossível acompanhar todos os lançamentos excitantes desta Photokina. Se na semana passada pensava que iriam surgir grandes novidades, agora algumas são já reais:

Máquinas

  • A Nikon D600 confirmou-se e apesar de algumas vozes críticas é óbvio que esta máquina vai vender que nem papos secos.

  • A Sony lançou uma GRANDE pedrada no charco com a Full-Frame RX1. Esta máquina promete mudar a forma como se encara o Full-Frame. A partir de agora não está remetido apenas para DSLRs ou joias de luxo da Leica.

(Esta duas máquinas foram lançadas quando estava offline, mas as notícias chegaram-me e entusiasmaram-me que acabei por fazer um pequeno comentário áudio (podcast?) no momento)

  • A Leica mostrou a nova M (que a partir de agora perde os dígitos), e continua a vender a velha(sic) M9 renomeando-a de M-E (de económica?). Claro que os preços continuam estratosféricos.

E porque referi estes 3 anúncios em primeiro lugar? Porque todas estas máquinas, D600, RX1 e M, tem basicamente o mesmo sensor produzido pela Sony (que também equipa a Sony a99). Todos dizem que o sensor é produzido segundo as suas próprias especificações, mas a verdade é que a Sony é quem realmente desenvolve e produz os sensores. Mesmo que cada um tenha preferências em relação aos acabamentos.

  • A Canon lançou a EOS 6D, Full-frame de 20.2MP para substituir a 5D e para combater a posição da Nikon D600 (coincidência no digito utilizado? ou a costumeira colaboração das cúpulas das duas empresas?)

  • A Olympus, como eu temia, limitou-se a actualizar as inúmeras PENs para o sensor da OM-D e parece condenar as PENs.

  • A Fuji lançou a X-E1 e a compacta XF1. Se a X-E1 era a menina bonita pre-photokina, agora com o lançamento da RX1 da Sony, perdeu algum do seu brilho. De repente o formato APS-C começa a parecer tão… antigo.

Lentes

Nem só de sensores e corpos novos vive um fotógrafo. As lentes que apareceram na photokina também são interessantes:

  • A lente da Canon G15 com abertura f1.8-2.8 para um zoom equivalente 28-140 é algo que não se vê todos os dias. Principalmente por manter uma tal abertura na distância focal longa.

  • Por falar em aberturas grandes em máquinas fotográficas Point and Shoot, a Olympus lançou a XZ-2 com um zoom 28-112mm f1.8-2.5 (será que estamos a ver uma tendência?). E ainda prometeu uma 17mm f1.8 para m43 (35mm eq. outra vez!). Outra lente excitante será a pancake 15mm f8,com abertura fixa esta lente é mínima, e poderá ser uma lente excelente para street photography, ainda por cima porque o preço apontado é de cerca de $80 (Uau).

  • A Sigma lançou uma 35mm f1.4 – O que é uma excelente notícia para os amantes de primes, bokeh, e Zoom feito com os pés. Parabéns. Para além disso 35mm é talvez a distância focal mais útil e versátil em qualquer máquina.

  • E não é que a Nikon lá se decidiu lançar uma primezinha para o seu sistema 1? Lançou uma 18.5mm f1.8 (o que dá aproximadamente 50mm eq.). Continuo com a sensação que esta linha da Nikon não durará muito tempo, até porque causa da dependência que tem dos sensores da Sony. Mas enquanto o pau vai e vem, folgam as costas.

Realmente há aqui imensas novidades interessantes. Muitas, talvez demais, para que o entusiasmo se mantenha por muitos meses. Eventualmente algumas destas novidades mudarão um pouco a forma como a fotografia é feita. As minhas apostas vão para as Full-frame e para as primes entre os 28mm e os 50mm com aberturas grandes. Mas são paixões pessoais.