Depois dos primeiros 7 pecados mortais pode a Apple fazer ainda mais asneira?
A secção 3.3.1. dos termos de serviço (TOS) do novo iPhone OS 4.0 (a lançar no verão) é simplesmente hilariante.
Proíbe liminarmente aplicações que não sejam desenvolvidas originalmente em C, C++ ou Objective-C, impedindo ferramentas que sejam cross-platform. Se por um lado isto ataca directamente o QT ou o Flash, o que dizer do Unity para os jogos?
O tamanho do ego do Steve Jobs cresceu desmesuradamente e a euforia pela plataforma é força uma visão distorcida por parte dos developers que estão a cair num engodo do sonho americano. Sim, algumas aplicações para iPad e iPhone fazem muito dinheiro. A maioria no entanto fará muito pouco. É a lógica das leis de Zipf a funcionar que a apple tão bem aplicou na iTunes store.
Os grandes beneficiado disto tudo poderão ser as plataformas concorrentes, se ao contrário de ditatoriais diversificarem e facilitarem a entrada na plataforma. O pretexto que a Apple utiliza, através do Gruber, de que a questão é para garantir qualidade é falsa. A qualidade de uma aplicação passa por muitos outros aspectos que não a linguagem em que se programa. Qualquer aluno de 2 ano de uma licenciatura de informática sabe isso. O que eles estão a dizer é para um público geral que vai consumir as aplicações.
O que não se entende é porque a apple tem um processo de review de aplicações? Parece ser claro que há uma incapacidade de “avaliar” todas as submissões (ainda para mais com o iPad a permitir aplicações muito mais ricas) e isto é só uma desculpa para limitar a concorrência (leia-se a Adobe) de aceder à plataforma. Posto isto só resta mesmo é a união europeia actuar ou proibir estas práticas, como sugere o iPhil.