Numa era em que já ninguém tem paciência para ver o José Rodrigues dos Santos a olhar com ar pasmado para um monitor de televisão, onde as notícias dão a volta ao mundo mais depressa do que qualquer jornalista possa escrever um lead sobre ela, vamos hoje assistir provavelmente a um momento histórico.
As eleições americanas serão cobertas através dos novos media como nunca antes. O UStream vai fazer stream de vídeo de várias frentes e plataformas. O Twitter será a plataforma que muitos utilizarão para dar as “breaking news” (assim a baleia azul tenha arcaboiço para tanto) e o FriendFeed será certamente ponto de discussão do assunto.
E o Old Media? claro que o sim! O Old também aderiu à moda. Para além de terem websites dedicados às eleições, muitos vão fazer streaming de vídeo (“streaming killed the radio star”). A Associeted Press vai fazê-lo. O New York Time vai oferecer um Painel com dados em tempo real e enviar dados por SMS. O Washington Post vai ter um mapa interactivo.
E por cá? Como por cá os resultados das eleições vão sair um pouco para o tarde devido à diferença horária, não se pode contar com muito, embora a RTP tenha preparado uma emissão especial a partir das 00:50 em frente (depois da liga dos campeões, claro está), a SIC começa também às 00:55 e a TVI é a única que parece não ter nada agendado (claro que vai fazer o mesmo que as outras à última hora).
Pessoalmente como não consigo suportar os jornalistas portugueses a fazer dobragens mal feitas do que vai sendo dito por lá ou então a cortar intervenções para ir ouvir comentários (porque os “comentaristas profissionais” também não não precisam ouvir o que os protagonistas dizem para fazer comentários pertinentes) vou provavelmente acompanhar as eleições através do Livestation, muito provavelmente via CNN, Al-Jazeera ou BBC… (ou todas), estarei no Twitter enquanto este aguentar, e muito provavelmente com os sites do NYT e CNN em modo Auto-Refresh