Já se sabia disto nos bastidores da Arquitectura. O sistema andava “empanturrado”, os alunos de arquitectura serviam para encher chouriços nos ateliers durante os ano de estágio e porque a ordem assim o permitia alguns até pagavam aos ateliers para conseguir o estágio.
Felizmente surgiu este processo da Universidade Fernando Pessoa contra a ordem dos arquitectos, eles baixaram os braços e começaram a aceitar que não podiam estar lá para regular apenas o fluxo de trabalho escravo para os ateliers dos amigos…
Quanto ao pedido de indemnização é natural que a OA vai ter problemas em ressarcir os prejudicados. E se eventualmente mais Arquitectos se juntarem nesta luta, apresentando contas à Ordem pelo que perderam por bloqueios da mesma, então talvez a Ordem tenha mesmo desaparecer e nem o papel de supervisor deontológico consiga manter.
Esta questão toda leva-me a pensar que esta limpeza do status quo das ordens profissionais tinha que começar por algum lado, mas que não é exclusiva da Ordem dos Arquitectos. Outras ordens sofrem dos mesmos males, julgando-se entidades de reconhecimento e acreditação dos cursos (Coisa que cabe ao ministério do ensino superior e não às ordens). Talvez com a instauração de uns processos a algumas destas ordens finalmente se comece a acabar com a cartelização das actividades profissionais em Portugal.