Rupert Murdoch pode ser rico, poderoso e até influente, mas a verdade é que há coisas onde os “velhos” não pescam nada. Veja-se o que disse numa entrevista à Fox News quando questionado sobre produzir um eReader (o Bold é meu).
“I don’t think that’s likely. We’re looking and talking to a lot of laboratories and big companies around the world like Sony, Fujitsu, Samsung. We’re all working on wireless readers for books or for newspapers or for magazines. I think they’re a year or two away, being marketed in a mass way, high quality ones. And we will be absolutely neutral. We’re very happy to have our products distributed over any device provided it’s only going to subscribers who are paying for it.”
Esta é a mentalidade do passado. Distribuir os conteúdos em novas tecnologias se apenas forem distribuídos a “assinantes” que paguem por eles.
Esta ideia está errada e vai um dia acabar, pode não ser já, mas vai acabar. Primeiro porque cada vez menos as pessoas querem prisões do tipo “assinatura”. Uma pessoa não compra uma bola de berlim por assinatura, então porque haverá de comprar o jornal por assinatura?
A segunda questão tem a ver com o modelo de negócio. Não passa pela ideia de Rupert Murdoch um modelo de negócio onde o consumidor receba o conteúdo de borla e as receitas venham de outro lado.
A sua posição em ambos os casos está presa a um modelo de negócio do século XX e que o princípio do século XXI está a começar a desmontar. Vai demorar tempo, mas vai acontecer.
(e não estou a falar de pirataria)