As novas lentes/sensor QX10 e QX100 da Sony são dois produtos estranhos que podem vingar ou falhar. Eis as minhas razões.
O outsourcing da interface da máquina fotográfica tradicional para controlo por software permite à Sony apresentar um produto único. No entanto não gosto deste acoplamento entre lente e sensor. A meu ver o ideal seria que a modularidade fosse ainda maior.
Imagine-se que as lentes QX10 e QX100 eram na realidade constituídas por duas partes (2 em cada uma das lentes fotográficas). A lente em si à qual se poderia acoplar um sensor em particular. Isto permitira trocar os sensores em futuros upgrades da Sony e assim não perder as características da lente. Isso seria ideal, e mais barato. E com os adaptadores correctos permitiria colocar outras lentes clássicas, como por exemplo Leicas, com esses sensores.
Por outro lado algo que me interessa bastante nestas lentes-sensores da Sony é a possibilidade de alguém utilizar um array destas lentes, imaginemos 40, controladas por uma aplicação de um telemóvel ou tablet. Isto permitira fazer aqueles travelling super slow motions que aparecem no filme matrix a um preço muito inferior ao actual.
Também imagino situações em que múltiplas capturas simultâneas permitam utilizar este tipo de câmaras em situações de desporto. Imaginem espalhar uma quantidade destas câmaras fotográficas (podemos chamar-lhes câmaras?) num campo de ténis no US Open e depois ter os momentos importantes fotografados de diversos ângulos, tudo a partir de um telemóvel ou tablet. Uau
Espero rapidamente que este tipo de controlo múltiplo seja possível porque caso contrário as lentes-sensores QX10 e QX100 poderão não ter o sucesso que a Sony espera e muitas das unidades irão acabar em lojas de material fotográfico em segunda mão.