O Reino Unido ordenou que os principais fornecedores de internet bloqueassem o acesso a sites de partilha de ebooks. E o argumento é o mesmo utilizado pela indústria da música ou do cinema: a pirataria. Até aqui nada de novo, o problema é que na entrevista do responsável entrevistado pela BBC aprende-se algumas coisas:
- Na luta entre ebook e papel, o ebook já vale mais de um terço das receitas. Para uma indústria madeireira isto dos ebooks afinal não é residual.
- É preocupante que se esteja a por o ónus de polícia no fornecedor de acesso. Este princípio é assustador porque o mesmo princípio é utilizado na Coreia do Norte. Os estados filtrarem o que está acessível é perturbador. Não sei qual é mais criminoso, a censura ou piratear um livro. E há muitos websites onde descarregar ebooks
- O representante da indústria revela entretanto muita preocupação que a decisão só seja válida para o Reino Unido, e gostava que uma decisão Britânica fosse estendida automaticamente à União Europeia. Isto é irónico, numa altura em que David Cameron ameaça sair da Zona Euro (Qual a diferença para Grécia?) a indústria sonha que as decisões judiciais Britânicas possam automaticamente condicionar toda a União. O espirito colonialista imperial por detrás deste pensamento é revelador.
update: pequenas correcções gramaticais e um link para um post sobre onde encontrar ebooks