Ontem falei aqui da proposta de de se colocar autocolantes nos carros das pessoas. Medida que parece ser mais uma forma de mostrar serviço sem afectar verdadeiramente a vida das mesmas e de dar dinheiro a uma empresa de algum amigo de alguém do governo pelo estudo. Mas para ironia no mesmo dia aconteceu um acidente gravíssimo junto aos barcos no Terreiro do Paço.
Naturalmente hoje o público faz notícia do mesmo e não pude deixar de reparar numa caixa de destaque em que se diz que uma forma de garantir a segurança dos peões é criar zonas de 30km/h e mexer nos sistemas de semáforos. Ora, 30km/h? e porque não 25? ou 10? Aliás, seja 30 km/h ou 90 km/h o que é que interessa se o condutor não os respeitar? O acidente de ontem aconteceu porque a condutora não respeitou as condições de circulação para a zona, logo de que adiantava a proibição de 30Km/h?
Embora não goste da ideia, a meu ver a única solução para locais sensíveis passa por aquilo que os brasileiros tem e abusam nas suas estradas. Os chamados quebra mola, em locais de muitos peões como o do terreiro do paço onde aconteceu este acidente, seriam eficazes. É um sistema de lombas que efectivamente obriga a reduzir a velocidade e permitiria evitar esta demagogia do “agora alteram-se os limites” que na prática não impede que eu ande a 130 km/h naquela avenida e que continuemos a ter estas notícias nos jornais.