Postar, Postar, Postar…

[ad#ad-2] É verdade que ter uma regularidade nos blogs é importante, mas a verdade é que segundo o relatório da Technorati sobre o estado da blogosfera em 2008 quem mais bloga, mais ganha! É a lógica do papão. Agora o exagero de informação não será um pouco também de evitar. Ninguém hoje lê tantas vezes o mesmo blog como pode parecer, mas no entanto, os blogs que mais postam, mas estão no topo do Ranking da Tecnhorati.

Parece que actividade de Blogar está condenada a ser algo de produção em massa, não de qualidade… porque o que interessa é mesmo atirar postas de pescada para a Web… a fim de subir nos rankings a todo o custo e apanhar os hits dos desprevenidos. É a vida pateta de blogger.

(+1 post para o count diário)

Blogosfera? Pensamentos sobre a Zona Franca.

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Tem havido algumas movimentações na blogosfera, nomeadamente para “regular” o que se diz, como se diz, ou mesmo se se diz alguma coisa.

O que me preocupa fundamentalmente é que algo que sempre foi uma zona franca, uma espécie de “speekers’ corner” esteja a ser alvo de ataques, uns grosseiros e patéticos, como o caso do programa sobre os perigos da internet, outros ordenados por providências cautelares de tribunais como no caso do blog da povoa online.

Naturalmente ambos estão sujeitos à lei. Numa zona franca um crime continua a ser um crime, mas no entanto há uma tolerância quanto ao que os outros pensam e dizem sem se tentar impedir o discurso apenas porque não se concorda.

Naturalmente que a comparação dos blogs com o speecher corner tem dois problemas fundamentais. O primeiro é que o que se diz é permanente e não desaparece à velocidade de 340 m/s e o segundo é que o speechers corner não tem tanta visibilidade como a blogosfera. E é aqui que reside o busílis do problema:

A blogosfera atingiu já um tamanho considerável, sendo uma forma expressão que tem poder e os políticos sabem-no, daí que estejam atentos a ela (chegando mesmo a participar do festim). Ora as zonas francas são toleradas desde que sejam inócuas, e a blogosfera, com as suas propagações virais, com a capacidade de informar de forma opinada (sim, blogosfera e isenção não existem), é preocupante para quem até agora estava habituado a (des)informar ao ritmo dos seus interesses particulares. Ainda para mais num país onde os meios para o fazer estão concentrados em meia dúzia de grupos.

Acontece que se os speeker’s corner começassem a ter uma audiência e influência como a que a blogosfera já tem, certamente estariam a ser perseguidos como a blogosfera o é. Os políticos não gostam de zonas francas onde o pensamento livre emirja. Sabem que daí podem vir mudanças e perigos para o “status quo”, o que em política é sempre mau.

Ora, recentemente tem vindo a terreiro propostas de alterar a blogosfera, ou o seu estatuto, ou a forma como é feita… Ou seja, alguém quer regular a blogosfera, fazê-la uma coisa castrada de imaginação, de vontade própria. Acontece que os proponentes desse tipo de alteração são aqueles que mais tem a perder com o facto de a blogosfera ser uma zona franca. Alguns dos que estão muito preocupados com isso são os bloggers ditos “grandes”, porque naturalmente são aqueles que mais tem a perder se porventura os ventos mudarem de repente. Cresceram tanto que agora se acham no papel de representar os outros milhões de bloggers anónimos baseados apenas no número de pageviews que possuem.

A blogosfera, como muita coisa na vida, obedece a lei de potências: alguns, muito poucos, levam a fatia grande dos leitores e o grosso dos participantes consegue apenas umas migalhas (Leiam a “Cauda Longa”, do Chris Anderson, para uma explicação fácil e com exemplos das leis de potência ). Acontece que as preocupações emergentes por parte desses poucos, em sintonia com as vontades dos políticos, apontam na direcção da manutenção do estado das coisas, senão do agravamento da situação (para os matemáticos, aumentando a potência da lei de distribuição). Agora imaginem uma blogosfera portuguesa onde existissem apenas 10 ou 20 blogs, em que todos lêssemos os mesmos, onde ninguém ousasse escrever de forma diferente, porque o “regulamento” não permitiria, ou onde para ter um blog se tivesse que inscrever primeiro num clube de comparsas de crime. Seria efectivamente um país ainda mais cinzento esse.

Por isso deixem a blogosfera em paz, deixem-na continuar a ser zona franca, a ter coisas boas e coisas más. Deixem-na experimentar, procurar soluções, ERRAR. Não tentem manietá-la com regras, clubes ou cartéis. A blogosfera é algo orgânico que vai saber encontrar o seu caminho.

Blogs: Escrever sem estar online.

Já andava há algum tempo para procurar um editor de blogs offline. Normalmente utilizo uma combinação do editor do WordPress com o ScribeFree que é um plugin para o Firefox. Como utilizo o Journler para organizar muito do que tenho que fazer também já tinha tentado experimentar as suas funcionalidades para blogar, mas não gostava. Para além destes utilizava o Textmate e até o o excelente script para Vim escrito pelo Pedro MG.

Agora decidi-me finalmente a experimentar o Ecto. Já algum tempo que tinha uma curiosidade em ver se seria capaz de alterar as minhas rotinas normais e este post que escrevo serve também para isso mesmo. Para já gosto da possibilidade de adicionar scripts personalizados. Vai-me permitir fazer algumas brincadeiras úteis. Outra coisa que aprecio é a integração com todo o ambiente do OSX o que ajuda. Também bom é o contador de palavras para saber quando me estou a exceder nos artigos e este já está longo acabando por se transformar numa lista de software para blogs.

Blogar com o Vim no MacOSX

Os utilizadores do MAC estão há algum tempo habituados a utilizar o Textmate para blogar. Sendo um utilizador do VI há muito tempo acabei por me converter ao Textmate para parte do que faço e para blogar também. [ad#ad-1] No entanto o VIM continua a ter um lugar especial em qualquer desktop e graças ao script escrito pelo Pedro é possível transformar o VIM num excelente cliente de blogs…

No Mac OSX infelizmente o VIM que vem instalado de fábrica é o 6.2 e não foi compilado com suporte para ruby pelo que é inutilizável com o script do Pedro. O melhor é mesmo fazer download da versão 7.0.x a partir do macvim.org.

Depois de instalado há que ter atenção aos encodings em que o se utiliza o gVim. No Mac por defeito o gVim funciona em MacRoman (mesmo que o terminal esteja em UTF-8) pelo que os acentos vão à vida… O melhor é adicionar uma linha aos ficheiros de configuração do vim .gvimrc e .vimrc com

set encoding=UTF-8

para acabar com os problemas.

Esta entrada foi escrita no VIM e colocada online com o script do Pedro MG