Tudo neste último jogo foi diferente dos anteriores, apesar do empate — nos 90 minutos.
No jogo do mata-mata não há espaços para recuperações milagrosas como as do jogo com a Hungria. Fernando Santos sabia-o e colocou uma equipa mais sólida defensivamente. Que antes de ganhar o jogo sabia que não o podia perder infantilmente — e sabe-se o quão infantil são alguns dos golos sofridos por Portugal.
Voltou o Raphael Guerreiro que está a jogar muito bem. Saiu o Moutinho que está a passar ao lado do Europeu e também o Vieirinha — finalmente. E se para mim a dúvida entre o Adrien ou o Renato penderia para o Renato Sanches, também compreendo que na lógica do primeiro parágrafo o Adrien fosse o escolhido. E secou muito aquele meio campo croata, principalmente Modric.
Quanto ao desenrolar do jogo, claro está que Fernando Santos percebeu aquilo que já tinha dito. Portugal tem muitas deficiências e não pode pensar que vai impor o seu futebol a quem quer que lhe apareça pela frente.
Tem que jogar na matreirice, na oportunidade do contra-ataque. O Cristiano Ronaldo vai ter muito poucas oportunidades de rematar. Tudo terá que ser mais eficiente. Jogar à italiana. Defender, correr, marcar.
E entre o 4-4-2 ou o 4-3-3, parece que a “geringonça” de Fernando Santos vai funcionando, se bem que por momentos a equipa pareça um pouco perdida no que fazer.
A Polónia é o adversário que se segue e novas dificuldades surgirão no cardápio. Mas isso é só na próxima quinta-feira. Até lá há que descansar as pernas — e a Polónia também teve prolongamento — e acreditar até ao fim que o Mustang poderá novamente tirar um coelho da cartola.