Opinião… ou Lota do Peixe.

Foto de adambowie

Os comentários no jornal Público já começam a parecer os do jornal Record: Todos são treinadores de bancada e ninguém faz efectivamente um comentário à peça, mas antes insultam-se, deixam piropos uns aos outros e fazem da zona de comentários uma zona de peixeirada como não se vê em mais lado nenhum. Por isso é que os comentários aqui no Sixhat Pirate Parts são moderados, porque se não forem relevantes para o artigo em questão não passam…

O objectivo da existência de uma zona de comentários é para que sejam adicionadas notas explicativas de uma situação, se faça uma crítica ou esclarecimento ou até uma observação um pouco mais negativa sobre o assunto.

Uma zona de comentários não é uma zona de vale tudo, não é propriedade do visitante, mesmo que isso custe alguns leitores e certamente não é o local para descarregar frustrações e más educações sob a capa de um pseudo-anonimato.

Comentar um artigo, requer primeiro que tudo a compreensão do mesmo, mesmo que não se concorde, e depois a criação de um texto sobre uma ideia que o mesmo artigo nos provocou. Ultimamente, pelos comentários que os artigos do Público apresentam, parece que os trolls tomaram conta do jornal fazendo da área de comentários uma zona morta e sem interesse. O leitor atento que procure saber mais ou procure ler outros pontos de vista a um determinado artigo começa rapidamente a perceber não as vai encontrar ali, que a zona de comentários do jornal Público é perfeitamente inútil.

Senhores do público… façam lá uma moderação mais apertada dos comentários, se faz favor.

Aplaudo…

Depois de ter falado sobre o último episódio do Digital do Público e sobre o facto de não divulgarem a API do seu Feed, tenho que reconhecer que foram prontos a corrigir os “bugs” que estava soltos (quer a API quer o MP3).

Entretanto a API mostrou o surpreendente número de subscritores, tal como o pessoal do Digital referiu hoje no blog. Pelos vistos parece haver um Bug que já foi reconhecido pelo Feedburner e que se não foi corrigido, deverá ser dentro de instantes… aliás pela análise feita hoje pelos dados do Google Reader o Digital andaria em torno dos 387 subscritores só no Google Reader, mas nada que se aproximasse dos 100k.

Aplaudo-os e desejo que continuem no bom caminho para trazerem o jornal em que trabalham de novo ao Público (perdoem-me o trocadilho).

Digital do público

Já era para ter falado nisto, mas como o Duarte falou primeiro aqui fica a devida referência.

O Público abriu há algum tempo uma secção Digital, porreira (até já apareci duas vezes, com fotos e tudo lá, por causa d’a MACacada), e agora até tem um Podcast, mas meus amigos… será que custa alguma coisa não cometer asneiras(a amostragem do mp3 #4 é de 24kHz quando os players de flash só aceitam múltiplos de 11kHz? Não tem um email de forma a que possam perguntar a quem sabe? Mesmo vendo que a coisa não funciona, não corrigem?

Reparei também para variar, tudo o que é empresa tem medo das estatísticas. Façam lá o favor de vão ao Feedburner publicar a Awareness API… ou tem medo dos resultados?

NYT com acesso total e gratuito

A partir de amanhã o jornal americano New York Times vai passar a não ter acessos reservados pagos e todo os arquivos de mais de 20 anos estarão disponíveis para o visitante do jornal.

Isto é mais uma prova que os modelos do jornalismo tradicional não funcionam na internet. Os conteúdos pagos que tantos andam para aí a apregoar servem apenas para uma coisa: Para que o grosso dos visitantes vá buscar a informação a outro lado. O New York Times percebeu isso e compreendeu que a mais valia da informação que dispunha em arquivo não era estar fechada por detrás de um pagamento, mas sim que o seu grande valor estava exactamente no contrário, na abertura e disponibilização dessa informação ao público.

O problema dos títulos

O twitter, independentemente de todas as polémicas, tem coisas engraçadas.

Uma delas é que recebendo as notificações do Público e do Expresso no cliente de messenger, se verifica que os títulos das notícias do jornal Público são mais descritivos que os do Expresso. Com os títulos do Público percebe-se logo o que é a notícia e portanto só se clica no link para ler o resto se realmente o assunto nos interessa. No caso Expresso os títulos são sempre mais ambíguos a querer ser “engraçados”, a tentar cativar o leitor para uma leitura.

Exemplo (as duas últimas mensagens) :

Público: Soldados britânicos quebram silêncio sobre os 13 dias de detenção no Irão http://tinyurl.com/2cxr56Expresso: Xeque ao líder http://tinyurl.com/ywlov7

A eficácia dum estilo ou do outro vai depender naturalmente do leitor e provavelmente do tempo disponível para “arriscar” num título que pode enganar.

Eu pessoalmente prefiro o primeiro.

Público digital sem RSS?

Honestamente houve um tempo em que era leitor assíduo do público: Lembram-se da primeira guerra do Iraque? Depois fui-me afastando do público aos poucos por sentir que a cada mês que passava o jornal tinha menos e menos coisas interessantes (para mim, claro).

Recentemente o público voltou a fazer uma remodelação do layout, acrescentou cor e mais cor e reactivou coisas que nunca deveriam ter desaparecido, nomeadamente a secção “digital”. Pessoalmente preferia esta secção à segunda-feira, mas ao Sábado também não está mal.

Para além da versão de papel, também tem uma versão online, em género blog, onde os produtores perceberam o novo paradigma da web 2.0. Os links em cada post para os sites construídos pela comunidade (ou o “You” personalidade do ano) revelam esse paradigma.

Porém não pude deixar de constatar uma falhar tremenda: O RSS? Não consegui encontrar em nenhum lado o algo tão fundamental nesta nova concepção de Web. Eu não vou ao site do público todos os dias (não tenho tempo, não quero levar com tanta publicidade e não quero (des)informação que não procuro), mas abro o meu RSS reader todos os dias, onde agrego os canais que verdadeiramente me interessam. E gostava de acompanhar um pouco o digital.publico.pt . Por favor, Pedro Ribeiro, Nuno Lourenço, Maria Lopes ou quem pode mudar isto, criem um feed RSS para o digital.publico.pt

UPDATE: Erro meu. Afinal o RSS existe, está lá na coluna da esquerda, com o título “Feed Digital“. Pena que não esteja incluído na HEAD da secção de forma a que o Firefox (ou IE, Opera, Safari, …) o detecte automaticamente. E já agora que tal um logo de RSS laranja para o identificar mais rapidamente?