Leica Monochrome—Typ 246

The Leica Monochrome was/is a landmark in photography. An expensive one but a landmark. It represents the recognition that some users only need and think in black and white.

Leica Monochrome

Now Leica has produced another Leica Monochrome—Typ 246—a revision, upgrade, or a new beast of photographic camera. Your definition might be different but the fact is that the camera also reveals another thing: There exists a market for a BW camera, even if it is a niche camera. As I wrote in the past, I imagine that other manufacturers could take Leica in this game. In the past all manufacturers removed the anti-alias filter from the camera sensors. Now maybe it is the time to remove the Bayer filter and get excellent Black and White photographs. I see this as a potential great marketing advantage for some brands like Fuji (Maybe a X100BW?) or even a Ricoh (GR-bw?). A great BW camera in the range €500–€1000 would be killer, and prompt a lot of orders.

Until then, the Leica Monochrome is the only landmark in the Black and White camera world (if you don’t take into consideration astronomy bw cameras). One can hope . . .

Leica, a engenharia alemã

Leica M9

Parece que finalmente a DxO lançou os resultados da análise ao sensor da Leica M9 e… segundo o site o sensor é o pior de todos os sensores full frames. A mim parece-me mais uma vez um problema de tudo o que é alemão. Tipicamente sobre-engenhariam o produto e inventam soluções complicadas (que são por vezes geniais) para problemas relativamente simples, e depois fazem outsourcing da produção e cobram balurdios pelos produtos.

Veja-se o que faz a BMW com as suas motos F e G cujo desenvolvimento é feito em parceria (Aprilia), os motores eram fabricados pela Rotax e agora são fabricados em Taiwan e o preço de todos os componentes é sempre altíssimo. Curiosamente os blogs de aventureiros que circulam pelo mundo com as R1200GSA e parceiras acabam sempre a relatar as reparações que tiveram que fazer nos locais mais recônditos do mundo. Vá-se lá perceber porquê.

Os alemães tem excelentes engenheiros, mas tem o problema de estarem tão encantados com a sua engenharia que se esquecem por vezes que a engenharia pode ser simples.

Leica M Monochrome – Uma decisão ousada.

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A Leica decidiu produzir uma máquina telemétrica digital puramente dedicada a fotografia a preto e branco. É uma pedrada no charco que não sendo revolucionária, é sinónimo de que a Leica continua a produzir equipamentos para nichos muito específicos proporcionando-lhes o máximo de qualidade que a engenharia permite.

Durante muito tempo desejei que uma máquina destas aparecesse no mercado. Principalmente porque a forma de pensar a preto e branco é diferente de fazer fotografia a cores e depois converter para preto e branco. Obriga a pensar em termos de luminosidades relativas e não de cores. É talvez mais exigente e obriga o fotografo a melhorar a sua fotografia.

Esta máquina é por isso uma benesse no panorama fotográfico. O seu grande problema, talvez até pelo facto de ser um equipamento que não é para todos, é o preço de quase $8000 que a torna inacessível a 99% dos fotógrafos. No entanto penso que poderá ser um princípio a adoptar por outras companhias. Imagine-se uma Fuji X100bw ou as linhas Micro43 da Olympus ou Panasonic a serem produzidas também na versão preto e branco. Penso que no futuro haverá algumas surpresas nesse aspecto, principalmente se nas comparações com os sensores a cores, a qualidade obtida por este sensor for realmente superior. Tecnicamente um sensor BW será melhor que um sensor a cores, veja-se que para aplicações científicas os sensores BW são preferidos sendo que o efeito “cor” é conseguido através de múltiplas exposições utilizando filtros de certos comprimentos de onda.

Ainda em termos de lançamentos, a Leica aproveitou para lançar a nova compacta X2 e também uma nova lente Summicron-M 50mm.

Leica X1 a 9 de Setembro?

Leica X1

Um dos sideproducts que a Leica parece preparar para dia 9 de Setembro é uma Leica ao género da Panasonic GF1 intitulada X1… marca que a Leica terá registado em Julho mas que não me agrada muito.

M, R e até a S tudo bem… mas X? O X é algo que me faz lembrar as câmaras da Minolta das séries X-000 que eram um pouco de gosto duvidoso. Minolta que entretanto foi comprada pela Konica e por fim os bens ligados à fotografia foram parar às mãos da Sony que está a aplicar o melhor do know how da Minolta na construção das sua Alfa.

Mas voltando à Leica… As semelhanças com a GF1 são evidentes, no entanto o sensor não é o Micro 4/3 mas antes um 12MP APS-C… No entanto será interessante tentar perceber o que a Leica fará em termos de compatibilidade com a lentes dos sistemas anteriores, uma vez que esta X1 deverá ter a distância da flange mais curta de todas as Leicas o que permitirá fazer adaptadores para outras montagens (pelo menos teoricamente).

Como é feita uma Leica com Portugal à mistura!

L-Camera TV #1 – Does Leica still make MP and M7? from Andreas Jürgensen on Vimeo.

Não é todos os dias que se houve referir o nome de Portugal associado com marcas de culto na fotografia como a Leica. É sabido que a Leica tem uma fábrica em Portugal em Famalicão, mas não se está à espera que numa visita à fábrica de Solms, o nosso país fosse referenciado tantas vezes. Consegue adivinhar quantas?

É impressionante o cuidado posto na construção manual desta máquinas onde tudo é verificado à mão. A produção é muito reduzida: 150 corpos de máquinas fotográficas por mês o que dá menos de 2000 unidades anuais, o que ajuda a que os preços das Leicas continuem a ser proibitivamente altos para o comum dos mortais e ajudando dessa forma a manter o culto da marca pela sua exclusividade.

Mas nem tudo são boas notícias. Recentemente vieram a público notícias que a Leica estaria interessada em vender a Fábrica Portuguesa de Famalicão, onde para além dos corpos para as M7 e MP faz também lentes e é o centro mundial dos binóculos da marca.