Já andava para escrever sobre jogos de computador há algum tempo. Apesar de com a idade o tempo para passar noites a jogar Quake ou Duke Nukem já ter voado, a verdade é que os jogos de computador sempre exerceram um fascínio muito grande. Quer pelo apelo à imaginação, quer pelo mero gozo de dar porrada a um amigo convencido.
E que melhor altura para falar de jogos de computador que agora em que a E3 está a decorrer? Desde a guerra das consolas, com a Wii a preocupar-se com a nossa condição física, a Sony a lançar uma nova PSP e a Xbox a mostrar o aguardado Halo 3.
Mas se a guerra de consolas vai aquecer neste Verão, a verdade é que o mais interessante, pelo menos para mim, passa pelo lançamento de jogos para Mac. O Steve Jobs anunciou durante a WWDC que a EA iria produzir versões para os computadores da apple, algo a que naturalmente não é alheia a subida de vendas de macs nos últimos tempos.
Enquanto se espera pelos lançamentos, fui à procura de alguns jogos disponíveis actualmente para mac, de preferência open source, e encontrei uma lista bastante interessante para quem quiser matar algum tempo (desde que o patrão não saiba) a estimular os neurónios enquanto espera (e poupa algum dinheiro) pelos lançamentos que se avizinham no horizonte.
Sobre as prateleiras da Fnac
É natural que a disposição dos produtos nas prateleiras das superlojas obedeçam a critérios de optimização do espaço, para vender o que segundo o vendedor tem mais hipóteses de vender bem. O que me espanta é que no mundo digital onde o espaço não é coisa cara, as preocupações de venda passem por outras considerações que nem sempre são insuspeitas. A pergunta que se coloca é:
O que leva a FNAC no site online, a por exemplo na secção Consolas de Jogos colocar em 8 entradas 7 produtos da Sony e um da Microsoft, remetendo o campeão da Nintendo para uma segunda página. Aliás, o que leva a FNAC a ter nessa primeira página em primeiro lugar a PS3 e depois mais 4 variações da “a caminho do enterro final” PS2? São mais importantes as PS2 que a Wii? Ou haverá alguma acordo entre a Fnac e a Sony para promoção dos produtos da Sony em detrimento da Nintendo? E mesmo a Xbox só aparece depois da PS3, uma PSP (em saldo) e duas PS2?
Serei só eu a achar isto muito estranho?
Depois de ler os comentários decidi expandir um pouco a minha ideia original em relação a este post:
Todos sabemos que há acordos entre vendedores e fabricantes, mas o que eu acho mais estranho não são tanto esses acordos, mas a forma ostensiva como em Portugal (lá fora não conheço) os vendedores nos tentam atirar com produtos descontinuados depois dos novos produtos terem saído. No caso em questão, a Wii, produto novo, é marginalizada para uma segunda página a troco de 4 PS2, produto em fim de linha. Parecia-me normal que os vendedores tentassem despachar os stocks de produtos em fim de linha nos meses antes de sair um produto novo e não depois de haver produtos novos no mercado, mas infelizmente a experiência que tenho é que fazem exactamente o contrário.
A segunda questão é que se na loja física as empresas vendedoras tem realmente espaço limitado e portanto apostam em cavalos ganhadores, numa loja online virtualmente não há ocupação de espaço. No caso da Fnac nota-se que aquela distribuição de 8 items por página é uma forma de artificialmente limitar um espaço infinito (ou quase). O que eu questiono é que se há essa limitação de espaço arbitrária, porque colocam 4 produtos (50% dos items dessa página) em fim de linha nessa página relegando novidades para a segunda página. Sim a Sony paga para isso, mas isso é bom para o consumidor? Não ficam com a sensação que o vendedor não é sério e que nos está a tentar impingir um produto escolhido por eles, não dando verdadeira importância ao que o cliente quer?