Segundo o Sol, o Fórum Cidadania Lisboa (FCL) defende a reintrodução dos eléctricos em Lisboa. Defendem que os amarelos (embora também hajam noutras cores) são amigos do ambiente e que as linhas são menos dispendiosas.
Pediram também que a linha 24 fosse reaberta entre o Carmo e Campolide.
Penso que as linhas de eléctrico a manter terão que ser feitas com carruagens modernas para serem utilizáveis como meio de transporte regular. É uma questão de querermos ser desenvolvidos ou apenas uns patetas parolos.
No caso das linhas de Turismo, aí sim, os eléctricos podem e até tem a sua piada serem antigos. Mas neste caso não acho que as linhas possam pretender ser uma alternativa viável para o utilizador de automóvel, como a associação pretende fazer passar. Aliás, penso que as linhas de turismo, sendo tão específicas não deviam sequer cobrar bilhete. As pessoas deveriam poder entrar e sair como e quando lhes apetecesse.
As linhas de turismo teriam que ser encaradas como um investimento da autarquia na promoção da cidade evitando ao turista toda a chatice de perceber como funcionam os bilhetes, comprar bilhetes numa língua estrangeira, ou perceber os trocos do Euro. Os eléctricos antigos, e já agora os elevadores, seriam eventualmente “pagos” por publicidade dirigida ao turista, por exemplo casinos ou hotéis.
Penso que seria a forma mais interessante de dinamizar os eléctricos e claro que se as pessoas da cidade os utilizassem, tanto melhor.
Agora considerar que os eléctricos antigos podem ser uma alternativa moderna para o transporte urbano diário, mostra que esta ideia não veio de quem os utiliza regularmente. Os eléctricos antigos são giros, mas ficam a desejar muito ao conforto e quem se sentou naquelas tábuas duras num dia de inverno sabe-o muito bem. O sacrifício feito por um turista numa viagem eventual, em que procura o “típico”, não é o mesmo que o utente que o utiliza diariamente.
Em todo o caso seria giro ver o 24 de novo a circular.