Um Window System como o X para a Web…

Depois do estrondo que a crise financeira provocou já se falava que a Black Monday II seria o fim também da Web 2.0 …. mas pelos vistos os mercados ressuscitaram e está tudo a comprar novamente, muito embora os únicos felizes com isto tudo sejam provavelmente os tipos que desenvolvem coisas em Ajax e JavaScript e … porque podem continuar a ganhar a vida durante mais uns tempos, até que alguma coisa rebente no mundo e novamente se diga que a web 2.0 morreu…

[ad#ad-1]A web 2.0 é pior que um gato! Já era altura de ter verdadeiramente algum serviço ou alguém que revolucionasse a experiência internet. E não é uma questão de ter um desktop online (quem utilizou aplicações de remote desktop sabe que isso é já possível). O que é preciso é algo que não seja um desktop, algo que revolucione hoje como a televisão revolucionou há 80 anos.

A próxima web não pode ser a web destas aplicações ajax com fades simplistas e uma paleta de cores constituída por 2 cores bebé cueca (azul ou verde). A web da próxima geração tem que integrar. Tem que dar o poder ao utilizador para dizer “a minha web é assim” seja em termos de funcionalidades, sejam em termos de personalização, e acima de tudo de controlo.

A próxima Web precisa de uma revolução de base na tecnologia fundamental do seu funcionamento em vez de ser apenas um acréscimo de serviços proporcionada pelo crescimento expectável da lei de Moore. É preciso algo tecnologicamente inovador.

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WebApps: Ganda Noia Chefe!

Com o boom da Web 2.0 ou o que quer que se chame, surgiram imensas aplicações que fazem quase tudo (menos tirar café) através de um browser de internet. Desde o cliente de email online, ao leitor de RSS tudo passa pela internet e a tecnologia evolui a cada dia para que pelo browser mais aplicações estejam disponíveis.

A ideia dos fabricantes é que ficando as aplicações do lado do servidor podem controlar todo o seu desenvolvimento, fazendo actualizações sem que o cliente se aperceba, permitindo uma utilização transparente sem afectar as suas rotinas diárias. As WebApps porém tem um vários defeitos, quando comparadas com as tradicionais aplicações. São mais lentas, exigem a ligação um à internet, e não garantem a confidencialidade dos dados, por mais que o fornecedor da aplicação se esforce para nos convencer do contrário. Uma aplicação offline pode estar fisicamente desligada da rede e dessa forma garantir a segurança de dados sensíveis, uma aplicação web nunca poderá garantir isso. Para além de que há sempre a possibilidade de ataques “man in the midle” e afins.

Um dos aspectos que as grandes companhias parecem estar a tentar desenvolver para as aplicações web é o mercado do telemóveis “inteligentes” (smartphones) onde o caso mais paradigmático é o do recente lançamento da Apple. O iPhone não permite que se desenvolvam aplicações nativas para correr no OS X (Light) que tem instalado. A Apple decidiu que não vai abrir a plataforma e que a única forma de fazer aplicações para o iPhone é através de Aplicações Web. Para já estas aplicações Web são pouco mais que Websites em versão light, tal como já existem para PDAs e Smartphones mas adaptados às funcionalidades específicas do iPhone. Mas com o tempo deverão surgir aplicações mais sofisticadas. Time will tell.

A meu ver, esta corrida a aplicações online, se por um lado pode ajudar a vida das pessoas em manterem no espaço virtual muita informação que podem precisar a cada instante, confere-lhe um aspecto de lock in que pode ser preocupante. Primeiro porque gera acoplamento de diversas tecnologias e todas terão que estar a funcionar. Se uma falhar então todo o sistema pára. Segundo porque a concorrência vai levar a que muitas aplicações sejam desenvolvidas e que o utilizador vá saltitando de aplicação em aplicação, tal como vai saltando de rede social em rede social e aqui resta saber o que acontecem aos nossos dados quando fechamos uma conta: Serão apagados? Serão arquivados? Serão vendidos a empresas de Marketing directo?

E há ainda a visão drástica: Imagine-se que amanhã por algum motivo técnico a internet pendura. Os servidores de DNS são de tal forma atacados por bots que tudo pára. Ninguém consegue navegar para além do localhost e a estrutura da internet se desmorona. A pergunta é: Quanto vale para si a informação que ficou perdia online?

O que achas deste fenómeno? As aplicações online são perigosas? Ou são uma bênção dos deuses?

Web 2.0: "Less is More"

Menos é mais. Esta é uma máxima que tem acompanhado quase todos os sites Web 2.0. Tudo livre de confusão. Acesso rápido aos conteúdos e acima de tudo muitos cantos redondos e Ajax.

Agora um estudo da Universidade do Missuri-Coumbia revela que quanto menos informação se der a escolher mais facilmente se consegue capturar a atenção da pessoa e que em contrapartida um vasto leque de escolha acaba por desinteressar as pessoas. A dado ponto no processo de selecção a quantidade de informação disponível esmaga a capacidade de processamento.

Se isto estiver correcto, há que ter muita atenção à forma como se desenham os novos sites. Ora vamos lá lavar a cara ao Sixhat Pirate Parts.

Público digital sem RSS?

Honestamente houve um tempo em que era leitor assíduo do público: Lembram-se da primeira guerra do Iraque? Depois fui-me afastando do público aos poucos por sentir que a cada mês que passava o jornal tinha menos e menos coisas interessantes (para mim, claro).

Recentemente o público voltou a fazer uma remodelação do layout, acrescentou cor e mais cor e reactivou coisas que nunca deveriam ter desaparecido, nomeadamente a secção “digital”. Pessoalmente preferia esta secção à segunda-feira, mas ao Sábado também não está mal.

Para além da versão de papel, também tem uma versão online, em género blog, onde os produtores perceberam o novo paradigma da web 2.0. Os links em cada post para os sites construídos pela comunidade (ou o “You” personalidade do ano) revelam esse paradigma.

Porém não pude deixar de constatar uma falhar tremenda: O RSS? Não consegui encontrar em nenhum lado o algo tão fundamental nesta nova concepção de Web. Eu não vou ao site do público todos os dias (não tenho tempo, não quero levar com tanta publicidade e não quero (des)informação que não procuro), mas abro o meu RSS reader todos os dias, onde agrego os canais que verdadeiramente me interessam. E gostava de acompanhar um pouco o digital.publico.pt . Por favor, Pedro Ribeiro, Nuno Lourenço, Maria Lopes ou quem pode mudar isto, criem um feed RSS para o digital.publico.pt

UPDATE: Erro meu. Afinal o RSS existe, está lá na coluna da esquerda, com o título “Feed Digital“. Pena que não esteja incluído na HEAD da secção de forma a que o Firefox (ou IE, Opera, Safari, …) o detecte automaticamente. E já agora que tal um logo de RSS laranja para o identificar mais rapidamente?