A Voigtländer Vitoret S é uma revisão de 1970 da Voigtländer Vitoret normal quadrada de 1966 (esta por sua vez era reencarnação da Vitoret de 1962 de cantos arredondados). Esta era a máquina dos meus país que compraram (se não estou em erro) ligeiramente antes de casar. Foi a máquina que tirou quase todas as fotografias que tenho da minha infância pelo que tem um valor bastante sentimental.
A lente é uma Color-Lanthar 50mm f2.8 com um obturador Prontor 250 S.
Este modelo ainda funciona, apesar de uma queda que lhe soltou a caixa do visor (da qual perdi um parafuso), nas velocidades de obturação mais altas. A focagem é feita “a olho” sendo que o visor apenas possui as linhas marcadoras dos limites da fotografia, com indicação do possível erro de paralaxe. Outros modelos das Vitorets tinham eram telemétricas (as com R no nome).
Pela idade, o estado de conservação desta máquina é excelente, a qualidade de construção é muito diferente do que acontecia com outras máquinas alemãs da época como as King Regula e não fosse o pequeno tombo, estaria ainda hoje em perfeitas condições de ser utilizada. O deslizamento do anel de focagem continua suave como no primeiro dia e toda a caixa de luz continua isolada.
Uma das características que esta máquina tem de interessante é a alavanca de avanço do filme. É uma das alavancas com o curso mais longo que encontrei até hoje, apesar de muito suave. Quem está habituado a SLRs do tipo Nikon, com esta máquina parece que se tem que dar quase a volta inteira à máquina para avançar o filme. Para além disso tem um retorno que bate com um estrondo muito superior ao obturador silencioso.