Como ser um ISP em Portugal

Começa-se por arranjar um logotipo numa cor Web 2.0 (roxo por exemplo) e oferece-se o melhor serviço do mercado. O melhor serviço existente, porque lá fora há melhor… mas a periferia do país paga-se.

Depois com o passar do tempo, “oferece-se” umas Happy Hours, alteram-se unilateralmente os contratos com os clientes, mudam-se as regras de contagem do serviço sem dar cavaco ao cliente e por fim começa-se uma campanha de prestação de mau serviço para melhorar a situação (desde 1 de Janeiro, 30% dos pacotes não chegam ao destino e com isto eles tem que ser repetidos aumentando o tráfego… e quem quiser que confirme no seu terminal).

Por fim envia-se uma carta insultuosa aos clientes, tratando-os com um paternalismo bacoco e incentivando-os a contratar um serviço adicional para se livrar do mau serviço prestado anteriormente.

Isto sempre numa lógica de que se as coisas não funcionarem, a culpa é do cliente, naturalmente.

Enquanto não houver uma verdadeira autoridade reguladora que seja autoridade e não apenas um clube de aposentados da política e dos jobs for the boys… o seu ISP pode continuar a fazer aquilo que lhe apetecer, você vai lixando o serviço aos seus clientes, mês após mês, de forma a forçá-los a pagar mais e mais.

É um bocado ao estilo da mafia italiana, oferecer protecção de si mesmo, mas também neste país de sol, brandos costumes e polícias barrigudos, não se preocupe… ninguém vai resmungar muito. Os que vão sair do serviço vão mudar-se para uns amigos seus que estão a fazer o mesmo que você e assim o seu negócio fica assegurado…

Siga estas regras e vai ter um ISP cheio de dinheiro… Boa sorte e lembre-se, nunca ouça o que o cliente quer…

Microsoft? Who Cares?

Primeiro que tudo, queria desejar um excelente 2008 a todos os que passam por aqui.

Agora a previsão / provocação que justifica o título do post.

Durante o ano de 2007 verificou-se que cada vez menos as pessoas se preocupam com o que a Microsoft faz.

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Adeus Netscape

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Netscape 1

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Netscape 9

Vai acabar um dos mais gloriosos browsers, talvez mesmo o mais importante da década de 90, na minha modesta opinião. Este browser infelizmente sofreu sempre de incompreensão por parte dos gestores das empresas mãe. A última, a AOL, vai acabar agora com ele no dia 1 de Fevereiro deixando de prestar suporte para o browser comercial mais antigo do planeta.

Isto é sem dúvida a prova que muitas vezes os gestores por detrás dos seus fatos, metidos nos seus escritórios, são efectivamente as piores pessoas para tomar decisões sobre algo que precisa de pessoas que tenham as “mãos na massa”.

Obrigado Netscape, adeus Netscape.

Será que ainda ris da mesma forma?

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=C5oGaZIKYvo]

Depois de 2 minutos de saudosismo destas séries antigas…

o iPhone no último trimestre só não vendeu mais que BlackBerrys, batendo todos os smartphones baseados em Windows Mobile, Symbian, Linux e Palm OS… ou seja, tem 27% do mercado e a subir…

Mais aqui e aqui

Embora racionalmente o iPhone continue a não ser aquilo que a minha paixão diz que é, sem dúvida que todos os que duvidaram (eu incluído, em certas alturas, mea culpa, me fustiga vai!) estão a ter que engolir as suas palavras. Para já parece que o Sapo maior é do Steve Balmer…

iPhlop na Alemanha

O que é que acontece quando se tenta colocar um produto de paixão à venda num país onde tudo é feito de forma puramente racional? iPhlop. Os alemães olharam para o iPhone e decidiram que racionalmente não vale o que por ele é pedido. Assim, em vez de venderem 10 000 unidades por dia… as vendas do iPhlop andam em torno das 700…

Claro que por cá (quando houver) certamente vai vender que nem papo-secos, o que quererá dizer muito da nossa racionalidade. Mas o que sabem estes alemães?

Carro eléctrico fonte de dinheiro!

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E se para além da nossa responsabilidade ambiental ficar cumprida (e o ego satisfeito) ainda nos pagassem para ser ecologicamente correctos?

Na Universidade de Delaware foi criado um carro eléctrico que quando ligado à rede eléctrica funciona como sistema de armazenamento da rede (V2G), permitindo dessa forma que a rede retire energia de volta para suprir necessidades pontuais. A vantagem? É que toda a energia que a rede utilizar é paga pela rede ao proprietário em vez de ser paga a estações de produção de electricidade dedicadas a balancear a carga da rede.

Claro que para já este carro é apenas um protótipo e ninguém está a ganhar dinheiro com isso. Aliás duvido que alguma vez o condutor chegue a ver algum dinheiro da rede eléctrica, mas pelo menos está-se no bom caminho.